terça-feira, agosto 30, 2011

Afinal enganei-me

e o pai veio logo corrigir.

Ontem só adormeceram pelas 23h00.

[será que dá para me passarem um bocadinho dessa energia?]

segunda-feira, agosto 29, 2011

Autch...

O nosso Rufus está quase a fazer 11 anos. O nosso Rufus, sempre que fica a ser tratado por uns amigos enquanto vamos de férias, engorda sempre uns quilitos (é tipo os miúdos quando vão para os avós :p). E o nosso Rufus não pode engordar por causa do seu problema nas ancas. Por isso, quando regressámos, decidimos passar a levar o nosso Rufus para um treininho pelas sete da matina para não complicarmos as manhãs e não termos desculpa de estarmos muito cansados à noite.

Este fim-de-semana, como o pai foi buscar a criançada, calhou-me a mim - e fui contrariada mesmo, especialmente no sábado em que ainda estava a recuperar de uma enxaqueca que se instalou na quinta-feira - ser arrancada da cama para uma corridinha.

É certo que uns 45 minutos depois estava na cama novamente. É certo que voltei a adormecer e só acordei às dez em ambos os dias. Confesso que - e especialmente no sábado - a corridinha até me fez muito bem, embora deteste correr e fique sempre aflita das costas. Mas o que eu não estava à espera é de andar à dois dias com umas dores nas pernas como se tivesse passado umas horas intensas no ginásio e fazer uma figurinha sempre que subo e desço escadas.

O nosso Rufus já está mais magro e até já aguenta o percurso todo a correr, mas está visto que o nosso Rufus não é o único a precisar de umas corridinhas matinais sistemáticas.

Segunda-feira...


Chegaram ontem. Maiores, com um ar saudável, mais rechonchudos e sotaque carregado. Lindos para os olhos de uma mãe que estava mortinha de saudades deles - mas que até nem se importava nada que por lá continuassem mais uma semaninha ao invés de virem entrar já na rotina da cidade.

Adormecer e acordar cedo, foram duas tarefas extremamente complicadas para quem andou sem horários durante um mês, e para começar a entrar no ritmo, levaram logo uma injecção de cidade: carro, metro e o novo local de trabalho da mãe. Agora estão com o primo Gil a comemorar o seu aniversário num sítio que adoram, felizes e cheios de energia.

E algo me diz que logo à noite vão adormecer cedinho.

segunda-feira, agosto 22, 2011

Segunda-feira...


Não começou com esta vista, mas também não está a ser uma segunda-feira no mau sentido do termo. Aproveitemos, porque segundas-feiras calmas como esta estão quase a acabar.

domingo, agosto 21, 2011

Matar saudades do que ficou...


As árvores de fruto que o meu sogro plantou nas traseiras começam agora a dar frutas com toda a garra. Enquanto me delicio com os caranguejos (ou "Rainhas Cláudia" para a maioria) vou ansiando fervorosamente que o diospireiro comece também ele a deliciar-nos (na verdade "me" porque sou a única que gosto) com os seus frutos suculentos.

Sábado a trabalhar em casa...


a ver a chuva quente a cair lá fora, a derreter com o calor húmido que se cola à pele e a recordar o que sentiu quando visitou pela primeira vez um país tropical.

Por mim, que volte a Primavera.

sexta-feira, agosto 19, 2011

Hoje é dia mundial da fotografia...

e supostamente devia colocar/dizer qualquer coisa relacionada com fotografia em jeito de comemoração. Mas não o vou fazer. Ao invés, vou-vos contar um bocadinho da minha conversa ao telefone com ele ontem à noite e convido-vos a tirarem uma fotografia à minha cara durante a mesma usando a vossa imaginação:

- olá mãe!
- olá filho, então o que andaste a fazer hoje?
- fui agora ver o bezerrinho que nasceu. Sabes, falei com a Fernanda e ela vai vender-nos duas vacas. Olha que vamos ter duas vacas, mãe!
- vamos!? duas vacas?!
- sim, mas eu não quero touros, agora é só vacas.
- mas... e pomos as vacas onde?!
- ora! ficam com os outros animais claro!

outros?! animais?!

medo.

[tiraram a foto? que tal? fiquei bem? :D]

terça-feira, agosto 16, 2011

Saudades do que ficou...

Almoçar à sombra fresca de um castanheiro.


Jantar sem outra luz que a do sol que se esconde por trás do monte.


Tomar o café enquanto o sol se põe


E acordar tarde, empurrada da cama pelos miúdos, para abrir a janela de par em par e sentir o cheiro a terra.


[e partir-se a única objectiva que se levou a meio das férias e andar-se um bocadinho viciada no instagram resulta num post como este...]

Ai como foi bom...

acordar à hora que o corpo mandava.

[lembro-me de ouvir, à noite, este relógio tocar no quarto da minha avó. a porta dela fechada, a minha fechada também, um silêncio absoluto na aldeia e já nessa altura eu dormia menos que todos os outros. agora não incomoda ninguém, não preenche o silêncio, emudeceu, mas em compensação enche-me o coração de lembranças.]

segunda-feira, agosto 08, 2011

Até para a semana...


Deixámos Trás-os-Montes e entrámos na Beira Alta. Pelo meio cruzámo-nos com o camisola amarela, desfrutámos de vistas desafogadas e agora remetemo-nos ao silêncio que a ligação ao mundo moderno vai acabar.


domingo, agosto 07, 2011

Relíquia...


À procura de uma toalha de mãos, abro uma gaveta e descubro uma receita de Bolo Rei escrita pela minha mãe uns meses antes de eu própria nascer.

Sem palavras.

Das coisas que não se percebem...


Agosto, domingo à noite, o FCP a jogar na TV, a terra cheia dos filhos que andam por fora e o único café da aldeia fechado.

Ir ao rio...






não tem de ser só para dar mergulhos.

Das coisas que não podem faltar...





Agora é a minha tia Celina que trata de vir aqui a casa encher as jarras com as flores e plantas que colhe do seu jardim. Em Lisboa, é raro ter flores dentro de casa. Sabe-me bem receber de quando em vez, mas comprar não me faz sentido. Gostava sim, de poder colhê-las dos canteiros e enfeitar as jarras com elas. Em tempos, quando realmente tinha tempo para cuidar deles (dos canteiros), colhi muitas túlipas, coroas imperiais, narcisos e outras variedades de fácil manutenção, mas agora apenas umas coroas imperiais mais teimosas continuam a brotar quando chega o seu tempo e tenho um saco de bolbos de túlipas que um amigo me trouxe da Holanda guardado para plantar há já um ano e não há meio de arranjar tempo para o fazer.

Quanto finalmente me tiver visto livre das obras é algo a que quero voltar a dedicar mais tempo. Porque flores em casa transformam por completo o ambiente. Especialmente quando nelas vemos os frutos da nossa dedicação.

sábado, agosto 06, 2011

Viagem no tempo II








A secretária onde a minha avó nos fazia camisolas e vestidos a combinar em malha de fibra que ela adorava por não se alterar, que me fazia ranger os dentes ao tocar e que por causa da minha alergia me obrigava a ter de vestir camisolas e collants por baixo para poder passear orgulhosa do que ela me fazia.

Que pena que ela nunca me tenha chegado a ensinar a trabalhar com ela.

Hoje poupo-vos aos mergulhos...


dou-vos céu.

Do que não pode faltar nestes dias...


Que as férias na aldeia são muito mais que mergulhos no rio...

sexta-feira, agosto 05, 2011

Panda Kung Fu


Como na aldeia não há cinema, vem o cinema a nós :)

Vai uma pessoa apanhar a roupa e dá de caras com uma visita destas com cara de poucos amigos. E o Miguel que o diga que foi todo feito pegar nele e acabou ficou com ele preso por uma pinça a um dedo que os Louva-a-deus não estão para brincadeiras.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Da vontade de mudar...

Acabei de receber uma sms da minha irmã a dizer-me que tinha tirado umas fotos em Pisa de me fazer inveja.

Inveja faz-me a coragem (e alguma loucura é certo) de trocar algo que era certo por outro que não o era mas que à partida lhe ia trazer mais desafios e passado pouco tempo, ao ver que também não era ali que ia ser feliz, de o largar também e dedicar-se a procurar algo que a preenchesse mais.

É claro que ela tem menos 11 anos que eu e a sua única responsabilidade era o carro, mas eu nem com a idade dela (aliás menos, que com a dela já tinha casado) seria incapaz de fazer o mesmo e a prova é estar a trabalhar há dezasseis anos na mesma empresa e desta ser a única que conheci até hoje além da que criei para a fotografia.

Resumindo, ela encontrou algo que a desafiou e vai continuar a desafiar por muito tempo, que a levou a fazer um curso na Alemanha, a assentar morada na Escócia e que lhe vai permitir descobrir o mundo.

Por isso, manda quantas fotos quiseres para me fazeres inveja que eu estou aqui a torcer para que o faças por muitos e muitos anos.

Parabéns mana!

Viagem no tempo I








A maioria das coisas aqui em casa estão tal e qual como a minha avó as deixou, bem marcadas pelo uso e são agora uma verdadeira máquina do tempo que me transporta à minha infância e aos gostos da minha avó. Cada gaveta aberta é uma caixinha de tesouros a estimar por nós.

O valor da água...


Há coisas que nos habituamos a dar por garantidas na cidade. Pressupondo o pagamento e excluindo uma ou outra situação especial, temos sempre água, luz e gás.

Na aldeia, a água é definitivamente um bem que não damos por garantido. Aqui a água que chega às casas é pura e gratuita. No entanto, especialmente as casas no cimo do povo sabem que há meses que abrir a torneira não significa que dela saia água.

Há muitos anos, quando as águas corriam livres pelos regos e pertenciam em dias diferentes a famílias diferentes intituladas por herança, o meu avô foi morto pelo próprio irmão durante uma disputa de água. Um virou a água para os seus lameiros no dia do outro e a discussão acabou com uma sacholada fatal. Não era caso raro infelizmente.

Há já sei lá quantos anos desde que canalizaram a água da nascente que pertence ao povo, todos os dias do ano, duas vezes por dia, uma tia minha sobe ao depósito para o abrir de manhã e voltar a fechar ao fim do dia. Serve isso para garantir que a nascente encha o depósito e no dia seguinte haja em quantidade suficiente para forrar os canos que atravessam a povoação.

Todos os anos, desde que me lembro de vir para cá, que se reclama a falta de civismo de uns que usam a água da rede para regar hortas privando outros de a ter e os obrigam a instalar depósitos em casa ou encher todos os tarecos para poderem fazer o comer, lavar-se e usar a casa-de-banho. Todos os anos, se repete a mesma ladainha e as discussões sobre se se devia pagar ou não a água que até pertence ao povo mas que acaba sempre por ser mais de uns que outros. Todos os anos, temos de garantir que há sempre reserva de água para quando faltar não ficarmos às secas.

Esta água é a água mais macia que conheço. Esta água é a única que me faz ter sede. E é esta água a que me lembra ano após ano do privilégio que é ter água a sair das torneiras e o importante que é não a desperdiçar.

quarta-feira, agosto 03, 2011

Das férias...

Não me consigo desligar totalmente das coisas que deixei para trás. As novas tecnologias são muito giras e tal mas também são altamente perversas.

Assim sendo, estou mortinha pela próxima semana em que mudo de aldeia e não há nova tecnologia que resista. No alto do monte não há rede de telemóvel a menos que subamos um penedo e façamos o pino ao mesmo tempo e internet é coisa que não existe a menos que tenhamos um modem e ligação à PT.

Mas até lá, já se sabe... e sempre vou postando mais umas fotos de mergulhos que esta tarde ainda souberam melhor pois tivemos a companhia das primas Inês e Raquel.


Só era dispensado o azar da Joana ter partido um dos dentes da frente (e nem sequer foi num mergulho, foi a levantar a cabeça ao chegar à beira da piscina que mediu mal a distância e bateu com o dente na parede). Se alguém conhecer um bom dentista pediátrico por Lisboa, agradeço a dica.

terça-feira, agosto 02, 2011

Composição de um bom mergulho a pés juntos...

1. preparar

2. ganhar velocidade

3. escolher bem o momento

4. saltaaaaaarrrr

5. apontar

6. e splash!

E repetir sem parar para aperfeiçoar a técnica.

[sim eu sei que não paro de bater na mesma tecla... mas é que é mesmo fixe :p]