sexta-feira, dezembro 31, 2010

Há qualquer coisa...

de excitante em cada começo, em cada mudança.

Não peço muito para 2011. Só que não pare de acreditar que é sempre possível fazermos mais e melhor.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Estão nos avós...

e para não variar evito telefonar para poupar avós e neto a uma crise de mãezite aguda.

Hoje telefonei e foi ele que atendeu:

- mamãaaaa! - diz entusiasmado - sabes - e a cada a letra a voz mais mimada, mais melosa, mais chorada - eu estou a ficar muito triste.
- estás? - respondo tentando mostrar uma certa surpresa - mas hoje não vais passear e tudo?
- sim - soando aos olhos tristes do burro do Shreck - mas não é por isso...
- queres que a gente te vá buscar, é? nós vamos. - remato a ver se evito a choradeira habitual que se segue.
- não. eu estou triste é porque não tenho os meus patins. podes trazer os meus patins, podes? e as protecções?


Dúvida: acabei de levar com os patins?

Do Natal...

Consoada

Adorei voltar à minha casa (há-de ser sempre a minha casa) adorei preparar as coisas lá, adorei que o meu padrinho e a minha tia passassem lá a noite connosco.

Não gostei de ter de andar com a tralha atrás, não gostei de ter de tirar os miúdos do quentinho à uma e tal da manhã, não gostei de ter de sair do quentinho à uma e tal da manhã, não gostei de não ter lareira.


Dia de Natal

Gostei de poder acordar tarde e de não ter de pensar em absolutamente nada a não ser em apresentar-me à mesa e comer.

Não gostei de ter de sair de casa.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Uma família muito à frente... excepto a mãe

Noite de Natal. Os miúdos desembrulham as prendas e eis que surge a vez de ele abrir a dos patins desejados e comprados pelo avô paterno. Quando a abre, ele alegra-se e eu suspiro:

- mas não eram esses! Estes são cor-de-rosa e tudo!

Todos os outros - avós incluídos - em coro:

- e então?!

Toma lá que é para aprenderes mãe. Toma lá.

Ontem estava um gelo que não se podia...


mas o sol convidava a sair de casa pelo que de tarde fomos estrear a prenda pedida ao Pai Natal por ele. No embalo, e depois de uma paragem técnica em casa para um cacau quente, fomos todos andar de patins de gelo.


Foi a minha primeira vez em cima de uns patins, e só arrisquei umas duas ou três fotos logo ao início porque estava-me a ver mesmo a jeito de ser colhida por alguém com tanta prática quanto eu, mas não me sai tão mal como imaginava.

Já o facto deles parecerem profissionais ao pé de nós é que é totalmente irrelevante e não merece sequer referência neste espaço, obviamente.

Natal...


Eu até queria fazer aqui um texto profundo sobre este ter sido o nosso primeiro Natal fora de casa, dizer que gostei e que não gostei ao mesmo tempo e tudo e tudo, mas... estou a ressacar de algumas horas sem comer bolo rei e não consigo articular os pensamentos.

Deixo-vos assim algo ainda mais inédito que ficar na cama até tarde: duas fotografias no dia de Natal com filhos sorridentes, pai, mãe e até o cão.

Ainda nem estou bem em mim com tamanha raridade.

A melhor prenda deste Natal...

três dias a levantar depois das onze da manhã.


Inédito.



[o facto dele ter ficado adoentado contribuiu para este feito, mas ainda assim... foi um luxo!]

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Ontem foi dia...

de reunião com a professora para a entrega da avaliação. É uma reunião muito curta e centrámo-nos apenas no que achamos que ela tem de melhorar muito: a atenção, a organização e o nariz devidamente assoado (acção que ela adia o máximo que pode).

Só depois de ter saído da reunião, de ter tentado ir aos correios sem sucesso e de ter ido a casa de uns clientes entregar um trabalho é que li o que as páginas de avaliação diziam. Embora tudo o que lesse me fosse enchendo o coração de mãe de orgulho, houve uma avaliação que me encheu verdadeiramente as medidas:

Assembleia de Turma

"Nos momentos de Assembleia de Turma, a Joana revela-se participativa, expressando opiniões sobre temas ou situações, apoiando e apresentando soluções para a resolução de problemas ou conflitos. Demonstra total imparcialidade quando profere opiniões. Durante os debates que surgem, a aluna identifica a informação útil da supérflua e tenta transmitir isso aos colegas no sentido do momento ser destinado, exclusivamente, à discussão de assuntos importantes."

Estou a criar uma menina justa. Espero estar a criar um menino assim também. Espero que nunca o deixem de ser.

Tenho o coração de mãe cheio.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Família Von Trapp em versão portuguesa...

Para vos desejar aqui as boas festas, já fiz desde vídeos com várias fotos do ano a simples postais, mas este ano decidi eternizar uma cantiga que inventei (ie, a letra) numa brincadeira com eles o ano passado, que eles nunca mais esqueceram e que me fazem cantar diariamente seja quase natal ou pleno verão.

Por isso protejam os ouvidos que isto correu tão bem como a sessão fotográfica. Depois não digam que não vos avisei :)


Um bom, mas mesmo bom Natal. E que 2011 nos surpreenda a todos pela positiva.

sábado, dezembro 18, 2010

Uma imagem, zero palavras...

Não sei bem em que estilo...



é que este tipo de decoração se pode inserir, mas espero que seja no de curta-duração.

[mesmo assim está tudo a desenrolar-se a um ritmo que nunca imaginei e pela primeira vez acredito numa estimativa de prazo de execução]

Desde...

sexta dia 10, sai de casa 4 vezes. Duas para ir ao médico, uma para a festa dele e outra para a dela.

Estou farta de casa.

Yin Yang

Ontem tive de a castigar com duas semanas sem televisão por causa da sua teimosia. Hoje, em plena festa de Natal, somos surpreendidos com a sua entrada para o Quadro de Honra da escola (respectivo ao ano lectivo de 2009/2010).

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Pérolas médicas...

no final da consulta de hoje:

- pronto, isto agora deve melhorar.
- e quantos dias é que achas que devo aguardar até saber que está realmente a resultar?
- ah... uns dias.
- então e se eu agora tenho estado em casa por recomendação médica, se na segunda ainda estiver assim, o que é que eu faço? Volto ao médico, mantenho-me resguardada, posso ir trabalhar normalmente?
- se poder resguardar-se, resguarde-se.

Tão esclarecida que saí de lá.

[e vou fazer figas para que o facto da especialidade do médico que me atendeu ser dermatologia, não tenha grande influência nesta conversa e no diagnóstico... muitas figas.]

Parece...

que isto vai dar assim só mais um bocadinho de trabalho do que imaginei a semana passada.

As melhoras que tive desde Domingo foram quase nulas, por isso hoje lá vou eu para o hospital para nova avaliação e raio-x.

Comecei por esperar mais tempo no guichet de inscrição que para ser chamada e fazer o exame. O médico que me atendeu é daqueles que nos fazem sentir mal por estarmos doentes e estar ali a fazê-los perder tempo. É que a tosse é daquelas coisas que demora algum tempo a desaparecer, diz ele num ar de senhor-doutor-que-sabe-muito. Sim concordo, mas vim por recomendação da médica que me atendeu da última vez e antes de vir ainda falei com a Saúde 24 e depois com uma médica do posto de saúde que me reencaminhou para aqui, respondo eu com ar de doente-que-não-percebe-nadinha-de-nada-e-está-ali-porque-não-tem-mais-nada-para-fazer.

Depois do miminho, lá fui fazer o raio-x e esperei. Esperei. Esperei mais um bocadinho. Passada hora e meia, fui confirmar se era habitual um raio-x ao tórax demorar tanto tempo. Talvez. E esperei. Decidi ir ao gabinete tentar saber se ainda estava muito demorado e... no gabinete estava outra médica.

Pergunto ao segurança se ele mudou de gabinete e ele que não, que se foi embora. Como?!

Bom, se mudou o turno e eu passei para outra a espera é garantida. Na sala de espera começa a gerar-se uma corrente de ar brutal e eu começo a acreditar que vou sair dali bem pior do que entrei.

Passada meia-hora depois volto à carga e decido perguntar à médica se iria demorar muito mais. Que não, que o médico que me estava a entender tinha saído mas que já voltava. (sem palavras)

Mais uma hora de espera e lá sou finalmente chamada e quando entro, o ecrã do computador exibe a minha radiografia bem raiada e a cara do médico tem escarrapachado que afinal isto não é "apenas" uma "tosse que demora a passar". Pois - diz, já num tom de médico preocupado - tem aqui uma infecção respiratória por agente atípico que é resistente aos dois primeiros antibióticos. Por isso vai parar o que está a fazer agora, começar um terceiro antibiótico e fazer outros dois medicamentos...

Vamos lá ver se é desta, sim? Já estou a modos que para o de rastos. E três antibióticos de espectro diferente em menos de uma semana é a modos que puxado, não?! Só um bocadinho, talvez. Digo eu.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Ausente...

A bronquite apanhou-me em cheio. Depois de uma primeira ida ao médico na sexta, no domingo tive de voltar porque estava igual se não pior. Novo antibiótico, alteração dos outros medicamentos e recomendação de me manter quieta, resguardada, e de preferência sempre na mesma divisão da casa para não ter mudança de temperatura.

Noites em branco e a dormir sentada. Dias quietinha e mesmo assim extremamente cansada. Ontem para animar um bocadinho mais a coisa, uma enxaqueca apanhou-me a jeito e nem saí da cama (e a combinação tosse/dor-de-cabeça?! um mimo).

Hoje já sem dor-de-cabeça e depois de uma noite um pouco mais bem dormida sinto-me melhor. A tosse ainda está para ficar e depois de uma semana nisto já nem sei bem o que hei-de achar disso.

Tenho até sexta para me por boa, caso contrário hospital comigo. E isso não me está a apetecer nadinha de nada.

sábado, dezembro 11, 2010

Festa do Ballet...

A aula aberta aos pais começava às 18h. Para todos os efeitos não íamos, mas fomos.

Uns minutos depois das 18h00, já com todos os pais dentro da aula e eles já a seguirem as instruções da professora, cheguei, fiz sinal à professora e enfiei-me dentro de uma casa-de-banho que fica junto à sala, sem porta, onde praticam.

Via-o pelo reflexo nas janelas em frente. Feliz, compenetrado e com os vários passos bem sabidos.

Pouco depois chega o pai com a máquina. Os dois enfiados no WC a espreitar e a escondermo-nos sempre que podíamos ser vistos.


Umas fotos tiradas à surra e pimbas fomos apanhados. Mas ele sorriu. Sorriu e continuou, compenetrado, a sorrir. A sorrir muito sempre que nos via.



E nós sentámo-nos à porta da sala. E sorrimos para ele. Muito.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Se calhar já descansavas...

Uma consulta, um antibiótico, três medicamentos onde um deles é em dose cavalar (mas vai tomar este de 12h/12h?! Isso não está mesmo nada famoso! - exclama a farmacêutica) e uma recomendação de descanso e ingestão de muitos líquidos quentes depois, tenho a certeza que afinal até escusava de me ter arrastado para fora da cama hoje.

E eu a pensar que ele me ia só dizer que com chazinho isto ia lá. Pois.

Sai uma bronquite para a mesa do canto.

Sandra na idade dos porquês...

Porque é que eu nunca sei o que lhe - ao cara-metade - dar no Natal? Porque é que eu nunca soube o que dar ao meu pai no Natal? Porque é que eu nunca soube escolher uma prenda que gostasse de receber no Natal que não fosse útil?

Porquê?

quinta-feira, dezembro 09, 2010

O sentir-me esmagada...

também pode ser consequência da gripe que já me apanhou e que mal me deixa abrir os olhos.

Mas acho que não... :p

Festas de Natal...

Amanhã é a festa de Natal do ballet e ele continua a dizer que não quer que a gente o veja. Que tem vergonha. Falta perceber se a vergonha o vai deixar fazer qualquer coisa quando lá vir todos os outros pais.

No sábado, é a festa do judo. As outras vezes fomos mas ele nunca chegou a participar. Por vergonha. Este ano, está todo entusiasmado porque a nônô também vai e pelos vistos a nossa presença não o incomoda.

O programa continua para a semana com a da escola dele e o jantar da minha empresa na sexta, a da escola dela no sábado e a que o meu trabalho faz para as crianças no domingo.

Vão ser uns dias animados.

Estou esmagada...

com a adesão de todos ao meu primeiro giveaway! E ainda nem sequer começou há 24 horas!

Toca a participar ou, se não quiserem, a dar uma mãozinha ao amigo, à amiga ou à foto/frase que mais vos agradar.

Boa sorte a todos! :)

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Tradições familiares...

Para a minha mãe este era o verdadeiro dia da mãe. Este também era o dia em que comprávamos e decorávamos a nossa árvore na minha infância ou que a montávamos desde que casámos.

Como este ano, não há onde a montar, assinalo a data com os nossos votos de boas festas.


Enjoy! E tratem bem as renas :)

Manhã sozinha com os dois...

e todos demasiado ranhosos para andar na rua.

Tento aproveitar a ocasião para fazer umas fotos de Natal para oferecer aos avós. Como eles nunca estão para aí virados, decido-me a comprar umas hastes de rena com luzes que piscam só para ver se os entusiasmava com a ideia e a coisa corria sem problemas.

E o resultado foi o esperado.

Ora colaborava um,


ora colaborava o outro.


Nem com hastes de rena me safo, está visto.

2 anos menos 2 dias são "futuro próximo"?

O que andamos a fazer agora planeámos aqui.

terça-feira, dezembro 07, 2010

O meu primeiro Giveaway :)


Já são dois anos de actividade aberta e em que tive o privilégio de conhecer famílias fantásticas e que, cada uma delas, me deram muito carinho e ajudaram a crescer como fotógrafa. Assim, e como o Natal está quase aí, lembrei-me de oferecer uma sessão fotográfica a quem me tem dado tanto carinho: vocês :)

Participar é muito fácil.

Escolhem uma foto (e que inclua a pessoa que concorre), gostarem ("like") da minha página no Facebook e publicarem a mesma no mural juntamente com uma frase (texto para os mais dados ao verso) a partir das 12h00 de amanhã dia 8.

Depois é só pedir à malta amiga que vos dê uma ajudinha e goste muito da vossa foto, porque quem conseguir mais "likes" (ou gostos) na sua foto até às 12h00 do dia 18/12, ganha a sessão.

O resto das regras e outras informações estão na página do Facebook e qualquer dúvida é só perguntarem lá também.

Boa sorte! :)

Afinal...

isto já vem de longe. :)

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Ela...

está a entrar naquela fase em que primeiro explode e depois é que nos ouve, quando a chamamos à atenção.

Ai.

16/04 a 03/12

período de tempo em que os óculos se aguentaram intactos.

Na sexta partiu-se um daqueles apoios do nariz que não aguentou ser endireitado pela milionésima quinta vez.

Acho que até nem nos podemos queixar muito.

Conversas entre eles...

No carro, enquanto os levávamos à segunda festa de aniversário do fim-de-semana, os dois de volta do convite de princesa mais princesa que existe:

- Olha Miguel, aqui o convite tem cinco bolinhas e três são brilhantes. Se tirarmos as bolinhas brilhantes quantas bolinhas ficam?

(pai e mãe a pensar, a miúda passou-se e ele já a vai mandar dar uma voltinha ao bilhar grande, queres ver?!)

- deixa-me lá ver - o quê? ele alinhou, interrogam-se os pais - hummm... duas!
- boa Miguel, mas tens de dar a resposta completa, assim: Ficam...


O resto não registei. Explodi de riso ao "mas tens de dar a resposta completa"

Da série: Tudo me acontece...

Sexta-feira à noite, a mordiscar uma fatia de pão-de-forma (de mistura e sementes, uma delícia :p) tau parto o primeiro pré-molar ao meio mas nenhum bocadinho caiu. Dois dias a sentir aquilo ali a dançar de um lado para o outro e sempre a resistir à tentação de levar lá a língua ou de mastigar com aquele lado.

Hoje a dentista enquanto me arrancava o bocadito que não fica lá a fazer nada, explicou-me o porquê de não ser tão raro assim partirem-se dentes a comer coisas moles.

Eu preferia era ter ficado com ele inteiro, mas pronto.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Quentes e boas...


Eu a fazer jantar, eles ao pé de mim a fazerem desenhos. O Miguel mostra com orgulho o seu desenho cheio de flores e uma cobra venenosa.

- Mãe gostas?
- Está giro filho!
- Mana gostas?
- Está muito bonito, Miguel - responde em tom maternal.
- Eu estou a aprender a fazer desenhos. Eu também vou saber fazer desenhos como tu Joana!
- Mas Miguel - acentua o tom maternal - nós gostamos dos desenhos como tu fazes. Não vamos gostar que tu faças desenhos como os outros fazem. Isso não é bonito. Bonito é fazeres como tu sabes e gostas de fazer.

E ele, cheio de atenção a assentir o que ela lhe dizia.


Será que para ralhar também a posso chamar a ela? Ou para lhe aturar as birras, talvez.

Em Obras: dia 11

Agora ao sair de casa temos sempre alguém a quem desejar um bom dia. Hoje saímos, desejamos os bons dias e votos de bom trabalho, e, ele estanca, volta-se para os senhores que se preparam para começar e diz:

- Bom dia! Destruam bem!


Nada como a simplicidade de ser criança.

Da maternidade...

Um comentário da Pirulitos fez-me pensar nisto e não queria deixar de registar aqui algo em que nunca tinha pensado ou, pelo menos, a que nunca tinha dado importância.

O meu amor por eles cresce aos soluços. Pode estar a ser um dia completamente normal, onde nada se passa ou simplesmente se passa tudo o que é para nós rotina, e de repente, há algo que eles dizem, algo que eles fazem, algo que lhes descubro, um ar, um trejeito, uma parecença e aí, bem dentro de mim há algo que se revolta num turbilhão. Uma paixão que surge ali mesmo. Que me faz descobrir ainda mais apaixonada por eles. E nesse momento, é um frenesim tão grande e tão bom cá por dentro que só sou capaz de os abraçar, apertar e dizer o quanto gosto deles.

Coisas de mãe tontinha. Ou de mãe, pronto.

Xmas wishlist...

Não quero nada. Nada a não ser poder passar o Natal lá em casa. Na mesma casa onde há onze anos tivemos o nosso último Natal todos juntos e onde temos passado todos os Natais desde aí. Onde, com uma puxada de luz da casa do vizinho e com uma placa assente precariamente num móvel ainda sem tampo, cozemos as couves aos bocadinhos por não caberem nos tachos que havia. Onde se discutiu a grossura e quantidade exageradas das postas de bacalhau e se definiu a regra que iria valer a partir daí: o meu pai escolhe o bacalhau e os pais dele trazem as couves. Onde se riu e se abriu prendas e dizia que com crianças é que o Natal é bonito. Onde o meu irmão nos deu a sua prenda em conjunto com a minha mãe e exibia um orgulho desmesurado por poder finalmente também me retribuir nesta altura.

Um Natal feito ao sabor do improviso e com a lareira sempre a aquecer a casa por mobilar.

Se puder pedir um desejo, uma prenda, é essa. O resto pouco me importa.

Porque o Natal com crianças pode ser mais emocionante, mas bonito mesmo, é poder ter todos os que amamos à mesma mesa.