domingo, outubro 31, 2010

O ciclo de vida de uma abóbora (ou duas) no Halloween...


quando as abóboras são estrategicamente colocadas à entrada do super e já pré-preparadas para uma noite assustadora, às vezes não se consegue resistir.


por isso na manhã seguinte, trata-se de escavá-las (atenção que a euforia aqui registada durou uns cinco minutos para dar lugar ao ai-que-nojo e ao ai-não-quero-tocar-nisto e entrar logo de seguida a mãe ao serviço)


o também pai veio dar uma mãozinha e tratou de recortar a primeira cara assustadora enquanto a mãe escarafunchava a outra.


e depois das abóboras devidamente escarafunchadas e recortadas, a bruxa de serviço ainda acedeu a posar junto da sua abóbora assustadora


o conde Drácula é que alegou estar de folga aos Domingos pelo que se escusou a tal enfado.


a mãe - na fé que a cozinha alivia a alma - atirou-se aos tachos e além do almoço tratou de preparar um belo doce de abóbora (aromatizado com canela e limão) ao qual juntou em alguns frascos amêndoa ou noz para se poder variar um bocadinho.


pena foi ter enfiado na sua digníssima cabeça que os frascos eram para ficar mal cheios e não bem cheios como é suposto.


mas como fez essa asneira, lá vamos ter de tratar de o comer bem depressa, não é? Oh que chatice... oh que obrigação tão desagradável... oh que sorte que alguns amigos vão ter!


Buuuu!

O nosso Lucky...

já está em casa connosco desde ontem, mas não voltou como desejaríamos.

A transfusão não funcionou e agora a única hipótese é que ele recupere qualquer coisa comendo. No entanto, não tem apetite e vomita a maioria das vezes que come.

A mentalização já começou por aqui paralelamente às nossas tentativas de o alimentar. Mas não está a ser fácil.

sábado, outubro 30, 2010

Longas são as noites...

quando descobrimos brinquedos que viajaram no tempo.


que foram usados e abusados por três irmãos sem pensar que tinham de ser poupados para quem lhes seguisse.


os playmobil do mano do meio


os pin&pon da mana mais velha



as polly pocket da mana mais nova


e os legos sobrantes dos três (e aumentados por adições mais recentes)

sexta-feira, outubro 29, 2010

Do Lucky...

Estamos numa fase de tudo ou nada.

A hemodiálise fez o que tinha a fazer e os rins estão finalmente a recuperar, no entanto os níveis de albumina não sobem nem à força de claras de ovo e bifes de vaca.

Só há mais uma hipótese de reverter a situação, mas para isso é necessária uma transfusão de plasma*. E eu começo a ter as primeiras dúvidas sobre se deveremos continuar, por ele, por nós e por tudo o quanto isto nos está a custar.

Porque a saúde tem um preço e o que estamos a passar com o cão agora, é o que passaremos a passar com as pessoas que amamos se a teimarem em privatizar o que ainda temos de bom em Portugal: o acesso (quase) gratuito à saúde para todos.

Agora não é um bom momento. Mesmo.



* que ele vai fazer. As dúvidas começam no que fazer depois se não resultar...

quinta-feira, outubro 28, 2010

A sua saúde não tem preço mas os medicamentos têm

E eu infelizmente conheço bem demais o preço de alguns.

Lá em casa, entre eu e eles, são tomados diariamente 5 medicamentos diferentes por causa de um mal comum (asma e rinite alérgica). Eles tomam os mesmos três e eu tomo outros dois.

Lá em casa, além destes diários também temos mais uns três ou quatro que entram em acção frequentemente (situações de crise) e que nunca podem faltar, sem contar com as pomadas.

Eu quero continuar a saber o preço dos nossos medicamentos. Eu quero continuar a ver o preço dos nossos medicamentos na caixa dos medicamentos.

Assina a petição e passem palavra!

O ano que vem...


promete ser tão negro que até me decidi por uma agenda bem mais em alegre só para ver se a coisa anima.

[entre as coisas que a evolução tecnológica trouxe que eu adoro, as câmaras fotográficas nos telemóveis são sem dúvida umas das minhas preferidas. aaahhh coisinhas lindas e práticas da mamã...]

Das enxaquecas...

não sei se me doem mais as minhas se o saber que foi uma herança que lhe dei (ou a avó materna já que eu herdei dela).

A Joana foi, na segunda-feira, para o seu primeiro teste do ano de ben-u-ron tomado e pedido de reforço da dose na caderneta do aluno. Já não foi a primeira vez e não será definitivamente a última.

Lucky...

a sessão de hemodiálise não conseguiu baixar os níveis para um valor aceitável, pelo que hoje fará a segunda. Ontem teve direito a jantar reforçado com quatro claras cozidas e um bife de vaca que os veterinários pediram para ajudar a subir os níveis de albumina e a ser passeado um bocadinho pelo dono.

À segunda é que é de vez, certo Lucky?

quarta-feira, outubro 27, 2010

Hoje foi dia...


de enxaqueca.

autch.

Longas são as noites...


isto foi como o deixei ontem, porque hoje o novelo já se foi :)

e muitas são as fotografias para tratar e os álbuns para fazer.

[troquei os jogos do FB pelo tricot para me manter acordada nos tempos de espera. acho que foi uma boa troca]

terça-feira, outubro 26, 2010

O nosso Lucky...

está em casa por esta noite.

O nosso Lucky já recuperou sete quilos desde sábado (perdeu vinte).

O nosso Lucky já ladrou ao amigo e lambuzou-se com um bife de frango.

O nosso Lucky ainda não é o cão que conhecemos, mas é um bocadinho mais ele.

O tratamento que o nosso Lucky estava a fazer já não está a resultar e amanhã regressa ao hospital para uma sessão de hemodiálise.

O nosso Lucky tem a sorte de ter uma veterinária que move montanhas para lhe conseguir os tratamentos que precisa e quando precisa.

E nós vamos continuar aqui à espera do Lucky de sempre, aproveitando a noite de hoje para o encher de mimo (se conseguirmos contornar o abajour que trás ao pescoço :p).

[e depois de um batalhão de análises descobriu-se a verdadeira causa dos rins terem parado: febre da carraça - na variante mais grave. a veterinária bem que achava estranho a leishmaniose ter ficado descontrolada desta forma. ]

Este não foi um fim-de-semana fácil...

A bisavó Emília, pregou um susto e a si e a todos e teve de ser levada de urgência para o hospital com um princípio de AVC. Ontem já tinha saído dos cuidados intensivos, e, depois de mais uns dias de recuperação, voltará à casa da aldeia sem sequelas.

Podia ter sido pior, se ela não fosse uma pessoa que sai todos os dias de casa, se não se tivesse queixado da dor que sentia no peito e se a ambulância não chegasse quando chegou porque o hospital fica a muitos quilómetros de distância. Podia mas não foi e só podemos agradecer por isso.

Toca a espevitar (bis)avó Emília. Queremos esse seu sorriso por muitos mais e bons anos.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Ontem à noite...

fiz terapia no sofá sem sentimentos de culpa pelo trabalho que não estava a fazer.


Se há coisas de que me tenho de lembrar mais vezes é mesmo de mim.

Adoro...



quando eles se auto-regulamentam. É que geralmente são muito mais duros com eles próprios do que nós.

[a "lei" já foi combinada e instituída a semana passada por eles, eu é que só tive a máquina a jeito (!) ontem]

domingo, outubro 24, 2010

O meu Lucky...

é um lutador. Do prognóstico mais desanimador que possa existir, ele consegue sempre surpreender tudo e todos.

Foi já depois da uma da tarde que recebemos o telefonema tão ansiado. Do hospital as notícias eram de ânimo: Ele estava a recuperar só do tratamento com soro. Ao final do dia, confirmaram-se as melhorias e a manter-se assim, amanhã pode ser transferido para continuar o tratamento (em regime de internamento) na clínica veterinária onde é seguido.

Tu consegues Lucky. Tu consegues.

(obrigada a todos os que deixaram uma palavra de apoio aqui e não só. mesmo.)

Hoje...



foi passado entre amigos, bebés pequeninos, comida, conversa e tricot (ou minis, conforme o género em causa).

Era mesmo disto que precisávamos.

sábado, outubro 23, 2010

O meu Lucky...

está neste momento sob observação no hospital veterinário. Os rins pararam totalmente, e, ou ainda está em condições para poder fazer hemodiálise ou não há nada a fazer.

Não tenho palavras. Só espero que o nome o ajude.

Do futebol...




Fez a primeira parte do treino no grupo do amigo (todos meninos bem mais velhos) mas quando chegou à parte do jogo ficou quase sempre a apanhar bonés e consta que chamou por nós. Passou para o grupo dos meninos da idade dele e aí já passou a dominar a brincadeira, mas:

- então Miguel, gostaste?
- mais ou menos... não se joga nada! Não fizemos jogos!

sexta-feira, outubro 22, 2010

Vencer a crise: Ideia #5

Viver abaixo das nossas possibilidades reais.

Nunca na vida agradeci tanto aos meus pais (e aos meus sogros já agora) terem-me ensinado (e ao cara metade) a nunca gastar tudo o que ganho e a guardar tudo o que posso para poder comprar não tudo o que quero mas para garantir que nunca me falta o que preciso.

Obrigada.

Hoje se fizesse a vontade aos dedos...

só escrevia disparates atrás de disparates.

[deve ser da proximidade com alguns actos do governo só pode...]

Para não me esquecer de respirar...


[porque é preciso parar para pensar. ponderar. pesar prós e contras. avaliar o que (ou quem) vale a pena lutar por e o que (ou quem) se deve deixar ir sem pesar. e ter calma.]

Lembram-se...

disto? Então leiam lá o que se segue.

Ontem o Miguel foi convidado por um amigo para ir treinar com ele a uma das escolas do Benfica. Quando íamos no carro para irmos buscar a mana contei-lhe a novidade. Ia tendo um colapso.

- mas vou treinar mesmo dentro do campo?
- sim filho!
- com os grandes?
- bem, os meninos devem ser todos maiores que tu sim, mas são meninos.
- e é no dia depois de hoje?
- sim, é amanhã.
- amanhã é dia de escola?
- sim.
- e primeiro é o futebol e depois a escola?!
- não, é ao contrário, primeiro a escola e depois o futebol.
- ahhh - suspira desapontado - mas é de noite?
- sim, vais jogar quando estiver a ficar de noite.
 - iiiihhhhh - agora excitado - vou jogar até de noite! e o pai?
- bem, o pai e a mãe estavam a pensar ir ver-te mas se não quiseres ficamos cá fora à tua espera.
- não não! têm de ir! têm de ficar sentados e quando eu marcar um golo, sabes eu vou ter de fazer fintas, mas depois vou passar os meninos todos, assim tchan ahhh tchan e marco golo e depois vocês fazem assim (levanta e abana os braços no ar) e gritam: Mi-gué-le! Mi-gué-le! Mi-gué-le! e têm de levar cachecol! do Porto!

[se estivesse mas era quietinha quando achei o convite uma excelente ideia...]

Imaginem...

Imaginem que chegam a casa às oito da noite (hora a que habitualmente já estão a jantar). Imaginem que a essa hora nem sequer sabem o que vão jantar porque foi o pai que se encarregou de ir comprar qualquer coisa rápida para se fazer (geralmente peixe para grelhar) já que eram vocês a ir buscar as duas criancinhas e saíram tarde e a más horas. Imaginem que o pai ainda anda por lugar incerto.

Imaginem agora que decidem ir buscar qualquer coisa ao congelador para descongelar e grelhar num instante, até porque ainda têm esparguete que sobrou do jantar do dia anterior. Imaginem agora que quando abrem o congelador não sentem frio. Imaginem.

Pouco mais de uma hora depois e um congelador totalmente descongelado tinha os miúdos cheios até às orelhas de douradinhos no forno, morangoskas (com pouca cachaça e só para os grandes :p) e a arrefecer:

- um refogado de tamboril para fazer uma massada
- um refogado de bacalhau desfiado para bacalhau à Brás
- lombos de bacalhau cozidos
- ameijoas à Bulhão Pato (para aproveitar os coentros congelados)
- lombos de salmão grelhados (para umas saladas de massa e assim)
- uma panela de base de sopa de feijão-verde
- uma panela de macedónia

Parece-me que não vou ter de cozinhar grande coisa nos próximos tempos...

quinta-feira, outubro 21, 2010

Porque às vezes penso nestas coisas...

Eu gosto muito dos professores dos meus filhos. De todos e de cada um em particular.

E não me posso deixar de sentir uma felizarda e agradecida ao mesmo tempo.


[pelo profissionalismo, pela atenção ao "eu" de cada um dos seus meninos, pelos valores que lhes incutem, pelo saber, pela diversão que lhes proporcionam, por estarem lá, por os conhecerem tão bem, por nos incluir (a nós pais e família), por tudo o que não me estou a lembrar de enumerar, mas principalmente, por os deixarem ser crianças sem esquecer o adulto que está a ser moldado (também) nas suas mãos]

eh lecas...

Duas referências a dois posts de dois blogs diferentes no mesmo dia?! uuuuhhhh

Temos que o Renegociar é uma opção foi destacado no Economia e Finanças e que o Pesadelo em Pink Street encontra um rasgo de esperança em É oficial: Sou mãe babada de um bailarino clássico...

e era isto.

quarta-feira, outubro 20, 2010

terça-feira, outubro 19, 2010

Conversas com/entre eles...

no carro a regressar a casa, ele tem um dúvida já não sei sobre o quê e eu depois de lhes explicar e de a coisa correr bem, saio-me com um:

- então e mais dúvidas têm? se tiverem digam que eu explico.
- não é preciso mãe. se tivermos alguma dúvida vamos a dabliu dabliu dabliu ponto canal panda ponto pêtê, dizemos qual é a nossa dúvida e eles explicam-nos. não precisamos que expliques mãe.

lembra-te do que disseste pequena monstra... lembra-te dessa...

segunda-feira, outubro 18, 2010

Da vergonha...

nós nunca o podemos espreitar numa aula a não ser na natação. No minuto em que se apercebe de que nós o estamos a ver encolhe-se e deixa de participar ou vem mesmo ter connosco a mandar-nos embora. Deixámos de o levar às apresentações do judo por causa disso mesmo. Ele não queria juntar-se aos outros e nós passávamos o tempo todo a tentar dar-lhe a força e a motivação para que ele fosse. Desistimos e decidimos voltar a tentar apenas quando ele por iniciativa própria quisesse ir.

Quando a professora do ballet me disse que ia preparar um espectáculo para o Natal, falei com ela sobre a grande probabilidade de ele não querer participar com vergonha de aparecer em público e ela ficou de tentar ajudá-lo nesse aspecto. Na sexta quando o fui buscar ao ballet, perguntei à professora como estava a correr e ela chamou-me à parte enquanto ele se ficou a vestir.

Começaram nessa aula a ensaiar para o espectáculo e ele assim que se apercebeu disso recusou-se a continuar. Disse-lhe logo que não queria entrar no espectáculo porque tinha vergonha que os pais o vissem e só com uma boa dose de motivação - e a "dica" de que o Pai Natal está a chegar e que tem uma surpresa para os meninos que participem no espectáculo - é que ela conseguiu que ele continuasse a aula. Continuou, fez tudo lindamente e com entusiasmo, mas deixou claro que não queria que os pais o vissem.

Depois disto confesso que me senti um pouco aliviada. Mesmo com ele a dizer que não queria que nós o víssemos no espectáculo, ele finalmente conseguiu verbalizar o que o atormentava e acredito que é um passo em frente.

Se for preciso abdicar de o ver para ele participar no espectáculo assim seja. Hão-de haver mais e é com passinhos pequeninos que vamos crescendo e conseguindo a força que precisamos para vencer aquilo que nos limita.

Pelo menos assim o espero.

O que eu gosto...

de uma agenda ao chegar o final do ano.

[as folhas todas marcadas, amarelecidas ou esborratadas de carvão, com bocadinhos dos meus dias e backups de memórias, os riscos, os desenhos deles, os papelinhos/bilhetes colados, o que me fez correr, o que me fez sorrir, as anotações de pequenos tudos, dias aproveitados ao máximo. os dias vividos.]

O que eu gosto...

de estrear folhas da agenda.

[o papel macio, o branco ainda branco, sem riscos nem rabiscos, sem notas e notas às notas, o sabor da primeira palavra que se escreve. do espaço que há para viver.]

sábado, outubro 16, 2010

Ela quis uma festa dos piratas...



por isso teve um bolo a condizer.

Só tenho pena de não o ter conseguido fotografar melhor mas assim que ele entrou em cena, os miúdos concentraram-se todos em bloco de volta dele.

Estava fabuloso tanto no detalhe como no sabor. Obrigada Elisabete pelo trabalho magnífico. Adorei!

[gostei mais ainda pelo facto de as moedas e notas de chocolate terem dado por distribuir por eles - obrigada filha por teres abdicado da tua moeda senão ia ser complicado - porque no momento de partir o bolo estava verdadeiramente rodeada de piratas em pleno saque ao tesouro! :p]

sexta-feira, outubro 15, 2010

Há dias em que temos mesmo (muita) sorte...

De manhã, o telemóvel caiu-me no carro e ficou entalado junto ao meu banco. Com jeitinho lá o tirei e para não variar saí disparada do carro para a estação do metro. Ao descer as escadas rolantes dou por falta da tampinha traseira. Ainda penso em voltar atrás não vá ter caído no chão, mas lembro-me de como o puxei e tranquilizo-me acreditando que a tampinha ficou presa no carro ao puxá-lo.

Vou trabalhar, regresso oito horas depois e eis senão quando, precisamente a meio do caminho entre o metro e o carro, no meio do passeio, vejo uma peça preta bastante familiar. Era a tampinha. In-tac-ta.

Devia ter jogado no Euromilhões. Ou então não, que sortes destas não se repetem muitas vezes ainda para mais no próprio dia.

Quando nos dotaram da capacidade de amar incondicionalmente...

podiam ter facilmente adicionado ao pacote a capacidade de encontrar nas birras matinais-sem-sentido-mas-altamente-sonoras-e-irritantes uma qualidade relaxante.

Mas não. E todos os dias, todos os santos dias, eu sinto a falta da segunda.

Se não fosse a primeira, puto estavas tramado...

quinta-feira, outubro 14, 2010

Como é que me fui esquecer de mencionar o presente dele?!

 

Quando o nosso pai...

aquele que nunca se lembra dos anos de ninguém, ou de qualquer data comemorativa que seja, nos diz que colou um papel no tablier do seu carro a dizer "7 anos" em letras garrafais para não se esquecer de telefonar à neta no seu dia de anos e dos anos que ela fazia para não se enganar, isso é... ?!

Sempre a surpreender-me, pai. Sempre.

quarta-feira, outubro 13, 2010

I'm so tramadinha...

No carro, eu e ele vamos a conversar sobre já não sei o quê e eu distraio-me da conversa ao entrar numa rotunda. Ao reparar que eu desliguei do que estávamos a conversar, ele decide reivindicar a atenção de volta:

- heelloooo... estou aqui! - no tom daaahh característico dos (pré-)adolescentes..
- hello!? mas de onde é que saiu essa?
- então, hello é olá! é assim que dizemos olá com a Gosia (professora de Inglês).
- ah... - solto eu mais descansada por não estar relacionado com os trejeitos de miúdos mais velhos.
- e guta the bathroom é como se diz quando queremos ir fazer xixi. Quando estamos com a Gosia não dizemos que vamos fazer xixi, dizemos: Gosia, posso guta the bathroom?! e ela diz yes! é assim.

E aguentar-me sem me desmanchar a rir à gargalhada?! humm?!

Eu acredito piamente...

que as melhores prendas são as que não se compram ou comprando, as que não dependem do seu valor monetário para serem valorizadas.


A melhor prenda pode ser um simples queque - dos tradicionais, dos normalzinhos, dos que não têm glamour mas em compensação têm muitas maminhas estaladiças - quando para quem a recebe é o melhor bolo à face da Terra.


O melhor presente pode ser a surpresa de ter as melhores amigas a partilhar o dia consigo mesmo quando é um dia de semana (e ter pais de amigas que alinham nas nossas aventuras!).

O melhor presente pode ser ter uma amiga a ficar para dormir e a ir para a escola consigo no dia seguinte.


O melhor presente pode ser ter um dia totalmente ao seu gosto. Ou os parabéns de quem não esteve connosco via telemóvel. Ou um convite inesperado. Ou quem sabe daqui a uns anos, as declarações que lhe deixaram aqui (porque as do FB acho que não chegaram tão longe...) e saber o quanto também é querida por quem nunca a conheceu sem ser desta forma.

O melhor presente é sem dúvida, e será sempre, a amizade.

E nós somos abençoados.

Obrigada a quem é nosso amigo sem condições. Nós sabemos a fortuna que temos ao ter cada um de vocês.

E finalmente, mas não menos importante, obrigada a todos os que se lembraram de nós. As vossas palavras aqueceram-nos ao longo de todo o dia.

Sim já são sete...


Já não cabem numa mão mas hão-de me caber sempre no colo.

Sete anos.

E eu emudeço.

Amo-te tanto minha miúda gira. Tanto.



[Adenda: e pelo oitavo ano consecutivo: sol!]

terça-feira, outubro 12, 2010

Futura primeira-ministra...


Desmanchei-me a rir quando hoje, antes de sairmos de casa, passei revista à folha do desafio de Matemática desta semana.

A avaliar pela qualidade do seu inglês escrito, acho que já tem tudo o que é preciso para ser uma futura primeira-ministra.

Ele começou o piano há um mês...

[disclaimer: este post é uma destilaria de baba maternal. Se tiverem algum problema com isso é clicar ali na cruzinha e esperar um dia ou dois para voltar. estes próximos dias prometem...]

Tínhamos de encontrar uma forma de ele poder extravasar toda musicalidade que ele tem. As actividades que escolhemos este ano para ele (e com ele) foram nesse sentido e só não começaram mais cedo porque só agora achamos que ele tem a maturidade certa para o fazer.

Assim começou as aulas de piano este ano e à terceira aula trouxe uma pauta para casa. Vinha inchado de orgulho pela prenda que a Clara lhe deu. Exigiu uma pasta como a irmã, dedicou-se de corpo e alma a decora-la com autocolantes brilhantes das princesas (o puto queria autocolantes e eram os únicos que haviam, o que é que querem!) e no dia seguinte levou-a para a escola para mostrá-la a todos quantos podia.

Na semana seguinte quando fui eu deixar a irmã à aula dela, comentei com a Clara o orgulho que ele tinha sentido com a "prenda" que ela lhe tinha dado e perguntei:

- mas deste-lhe só para ele ter uma pauta como a irmã, certo? Não era para ensaiar, pois não?
- claro que era! ele hoje já levou outra. - responde-me espantada.
- mas aquela usa as duas mãos! não me vais dizer que ele já usa as duas mãos?!
- hum hum

ok... eu não tenho pedalada para isto.

Em contagem decrescente?!

Quem?! Eu?! Naaa...

[ainda só tem seis anos... ainda só tem seis anos... ainda só tem seis anos... ainda só tem seis anos... ainda só tem seis anos... ainda só tem seis anos...]

segunda-feira, outubro 11, 2010

Vencer a crise: Ideia #4

Ser solidário.

E podemos começar por ajudar na Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz. Encontramo-nos lá?

Vencer a crise: Ideia #3

Treinar os miúdos para terem ataques-de-fome-daqueles-de-comer-este-mundo-e-o-outro intercalados entre eles.

O Miguel sempre comeu bem, mas de vez em quando lá vem uma fase em que perde o apetite e quase não come nada. A Joana nunca comeu muito, mas ultimamente tem tido fases em que come divinalmente. O curioso é que quando um anda a comer bem, o outro piora.

Mantenham-se assim que a economia doméstica agradece (e o jeitão que isto vai dar na adolescência?! ui ui).

[não estavam à espera que começasse a semana sem nenhum disparate, pois não?! Bom dia!]

domingo, outubro 10, 2010

10:10 de 10/10/10...

 be afraid! be very afraid!



[A esta hora estou a fotografar mais uma família, mas não queria deixar em branco esta coincidência de números... pancas!]

sábado, outubro 09, 2010

Ontem...

comprei-lhe o segundo par de calças de tamanho 6 anos (116cm) e de uma marca diferente do primeiro.


Ainda não me refiz do choque.

sexta-feira, outubro 08, 2010

5 days to 7...

À medida que crescem vão recebendo um pouco mais de autonomia e poder de decisão para aprenderem desde cedo que a vida é feita de escolhas e que muitas vezes, mais vezes do que gostaríamos certamente, não são nada fáceis de fazer.

Este ano foi ela a responsável pela escolha dos amigos que quer convidar para a sua festa, e, embora as suas escolhas não trouxessem grandes novidades, tivemos de lhe por um travão ou aparecia metade da escola no dia (nota mental: nunca, mas nunca, por nunca ser, dar para as mãos das criancinhas convites a mais que os necessários!)

Só faltam cinco dias para os sete e eu sei que digo muitas vezes que não sei para onde o tempo foi e que ainda tenho uma bebé e tal e coiso, mas a verdade é que a maioria das vezes os sinto como sete anos. Sete anos vividos intensamente e cheios de memórias que vão do excelente ao mais-vale-esquecer. Sete anos que me abraçam todas as manhãs, que me sorriem todas as noites e que são tão meus quanto do mundo.

Mas no entretanto.

Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela tainda só em seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos. Ela ainda só tem seis anos.

O sentido de responsabilidade nele...

é qualquer coisa de extraordinário.

[benditos genes!]

A capacidade de embirrar por tudo e por nada também.

[malditos genes!]

Oh rainy days...

 

ainda não comprei um chapéu-de-chuva. Eu já disse que não gosto de chapéus-de-chuva?

quinta-feira, outubro 07, 2010

Imaginem...

Imaginem que voltaram às calças de "fato" depois de meses e meses de só as vestirem (muito) esporadicamente.

Imaginem que tiveram uma manhã daquelas com um dos filhos a querer sair de casa com o equipamento de futebol (e chovia, chovia...), a filha a queixar-se de dores de cabeça (uma coisa esperta, isto da hereditariedade...), vocês a vestirem-se às escuras e enquanto acudiam a um e a outro (para o outro pai da casa poder ir também ele se vestindo e andando) e o trânsito típico dos dias de chuva.

Imaginem que chegaram ao trabalho, sentaram-se e trabalharam, foram tomar café, voltaram a trabalhar e da segunda vez que se levantam (mais coisa menos coisa) descobrem a costura descosida na perna esquerda junto ao entre-pernas e com a largura de uma mão.

Imaginem.

Imaginem que não têm nenhum kit de costura (mas que têm vários enfiados, numa bolsa a abarrotar com a tralha que se traz dos hotéis, em casa que é onde mais faz falta, claro).

Imaginem que depois de descobrirem o buraco o sacana nunca mais vos sai do pensamento.

Imaginem agora como é que resolveram a questão.

Dica: Começa por A, acaba em R e pelo meio tem as letras GRAFADO.

Assunto encerrado.

O trabalho a (re)começar a ficar em dia....

e eu a (re)começar a sentir-me mais aliviada e capaz de respirar novamente.


[detesto atrasar-me, detesto ter muita coisa em suspenso, detesto ter de me justificar. são mais quinze dias e tenho tudo como gosto novamente... só que até lá...]

quarta-feira, outubro 06, 2010

Só não digo...

O meu Reino por um café!

porque o governo está a levá-lo aos poucos e o café já nada me faz.

Mas apetecia-me.

[hoje o disparate leva a dianteira nos vários lobos do meu cérebro... é esperar que passa]

segunda-feira, outubro 04, 2010

Sem tempo para respirar...

estou cansada.

E dou por mim a desejar que chegue depressa o verdadeiro Inverno.

[mas a adorar cada minuto enquanto ele não chega]

sexta-feira, outubro 01, 2010

Friday night...


Eu no computador de volta dos trabalhos de fotografia, ela de volta dos deveres e os homens na bola.

Vencer a crise: Ideia #3

O Almeida Santos diz que:

"O povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre"

Então e como é que isso?

Por exemplo, hoje fundiu-se o médio esquerdo do meu carro. Se o for trocar à marca é coisa para custar uns euros valentes e as contas das manutenções periódicas são sempre de bradar aos céus, mas se quero cumprir com a minha obrigação de transportar-me a mim e aos meus em segurança e satisfazer os critérios de exigência da marca tenho de pagar e andar.

Sendo assim, e uma vez que é para sofrermos a crise como o governo a sofre, será que isto quer dizer que o melhor é endividar-me e comprar um carro novo três vezes melhor que o actual em vez de trocar a lâmpada?

Aaahhh... percebi. Só não entendo a lógica.