terça-feira, setembro 30, 2008

Um mês depois...

O meu filho entra sorridente na escola, leva a mana à sala dela e xau! dá beijinho mana! té já!, ajuda-me a guardar o casaco da mana, a seguir o dele, sai-me do colo para ir para a sala pelo pé dele e, ao pé da porta, beijinho mamã! xau té logo! e empurra-me para fora enquanto vai sorridente ter com os amigos. Queixo caído. [:))]

sábado, setembro 27, 2008

"O Meu Baptismo"

Embora de formas diferentes, foi o de ambas. A B. estava linda, a celebração foi sui generis, a festa entre amigos uma alegria, e o nervoso miudinho teve de ser corrido a Kompensan. [Queridos V. e R. obrigada pelo convite e pela confiança. É também a vocês que devo esta minha decisão.]

sexta-feira, setembro 26, 2008

"Talento é 1% inspiração e 99% transpiração"

foi o que disse Thomas Edison. A ser assim, que não me falte o 1% de inspiração porque o resto deve estar garantido. Ora vejamos, tendo em conta que hoje foi a primeira aula e pouco mais fizemos que as apresentações, eu já tenho, para as próximas três semanas, a seguinte agenda: - uma crónica (em francês!) de quatro páginas para estudar e discutir em conjunto na próxima terça-feira; - uma reportagem fotográfica de parte das comemorações do 5 de Outubro; - uma reportagem fotográfica de uma peça de teatro (designada pelo professor mas com os contactos por minha conta). Se adicionar a estes o facto de já ter, ainda antes do curso começar, agendados: - uma reportagem de um baptizado (já amanhã!); - a fotografia das instalações de uma escola para promoção (por definir). E, se não esquecer, que cada evento destes envolve várias horas de preparação. E, se não ignorar que para além disto, ainda tenho um projecto de redesenho de um dos sites da empresa que tem de ficar pronto daqui a mês e meio. E (e eu acho que não se podem começar frases com "e" mas que se lixe) sabendo que há a perspectiva de vir a começar um ciclo de certificação Microsoft com 6 (sim, seis) exames em nove meses. E (os entendidos da gramática que me tirem lá esta dúvida, se fazem o favor) se ainda há a miúda que tem de ser levada ao ballet e à natação, três dias por semana. E, last but not least, o trabalho que nunca acaba, mais conhecido por lida-da-casa. Não restam dúvidas de que pelo menos a transpiração tenho garantida de certeza. Maravilha! [outra dúvida que não tenho é que tudo isto só é possível porque ao meu lado tenho alguém que me apoia incondicionalmente e que partilha comigo todas estas responsabilidades. Eu sei que não te preciso de agradecer, mas Obrigada. Amo-te muito.]

Eu vinha aqui...

daqui a nada, dizer umas baboseiras sobre o facto da minha filha não se ter espantado por eu ir voltar a andar na "escola", mas apenas pelo facto de ser de noite. Já não nos vens buscar mamã? Ia escrever que tenho um friozinho na barriga porque hoje começo mais um curso de fotografia. Desta vez, mais a sério, durante muito mais tempo e com um grau de exigência muito superior. Ia escrever que amanhã, é o primeiro dia do que espero vir a ser o resto da minha vida profissional, mesmo que não o seja a 100% durante ainda muito tempo. [e que isso me deixa num misto de ansiedade e satisfação pessoal, ou seja, um friozinho na barriga somado de um belo nó na garganta] Ia escrever isto num tom imponente, mas... antes que conseguisse vir aqui escrevinhar tudo, a doce S. telefonou-me a dizer que ele está cheio de febre. Que nem o reconhece de tão queixoso que está. E eu, parva, que ontem enquanto o convencia a não fugir da cabeleireira e justificava a falta de cooperação com um cansaço dele fora de normal, sentia que algo com ele não estava bem e calei esta impressão com o "lá estás tu" que o pai replicou à minha suposição. Que hoje de manhã lhe vi a febre que o termómetro não confirmou naqueles olhinhos, mas, parva parva parva, lá o vesti e levei à escola porque, até agora, instinto de mãe não justifica faltas ao serviço, e lá vim despreocupada porque ele até nem chorou nem nada. E agora, o friozinho na barriga foi substituído por uma terrível sensação de culpa regada com um fiozinho de impotência por não poder estar com ele hoje, e, por me saber indisponível para ele amanhã. Bolas.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Monólogos...

- huummm... sabes... hoje o meu filho não ficou a chorar! - não acredito! ainda ontem ele fez uma cena daquelas! - pois... mas hoje não. Hoje só disse que queria ficar na sala com a mana, deu-me um beijinho a mim e ao pai e entrou pelo pé dele na sala. - sem ser preciso levá-lo? - sem ser preciso levá-lo. - e sem choro? - sem choro. - e pelo pé dele? - oh yeaahhh. - mas... o que é que fizeste? - usei uma técnica de pedopsicologia barata mais antiga que eu. - o quê? não me digas que arranjaste um objecto de transição? - para ele? só se o objecto que lá deixasse fosse eu própria! - então? deste-lhe um beijinho teu para ele guardar no bolso? - isso não resultou... naaa, esta é muito mais antiga! - eh pá não estou mesmo nada a ver... - simples e eficaz: prometi-lhe uma prenda se não chorasse. Ele aceitou, mas aumentou para duas. - e não chorou? - aguentou-se estoicamente! - vai ser político... - não me admirava.

Bocados deles...

que me acompanham nas noitadas de estudo. [matrioska feita pela Joana na escolinha, na semana dedicada à Rússia]

quarta-feira, setembro 24, 2008

sábado, setembro 20, 2008

Gostos não se discutem...

e o rapaz já tem os seus gostos. Se em relação à roupa ele ainda nos dá um desconto, em relação aos sapatos ele já não abre mão do privilégio da escolha há uns meses. Restou-nos aprimorar a nossa arte de o confundir para conseguir que ele acabe por desistir da ideia dele e escolher a nossa. Mas... se na maioria dos dias conseguimos, há dias em que dá nisto:Sim, é ele. Sim, são as galochas da irmã. Sim, hoje estava um calor dos diabos. Sim, saímos mesmo para a rua e apresentámo-nos em casa de amigos assim.

sexta-feira, setembro 19, 2008

E agora?! O que é que eu faço!?

Dos hábitos que herdei da minha mãe, há um que mais igual era impossível. O gosto pela tradicional bica. Aprecio e bebo uma bica da mesma forma como ela fazia, talvez à custa de tanto a ver fazer o mesmo. O acto de beber uma bica tem um ritual próprio. Quando tiro ou me servem uma, nunca a bebo logo a seguir. Antes disso já a deixei quieta durante uns momentos, já brinquei com a chávena, ou, mexi-a despreocupadamente com a colher mesmo sem lhe ter posto açúcar. Uma bica não é para beber assim que surge à nossa frente. O odor forte do café é para ser apreciado com calma. Chávena no nariz, chávena nos lábios e um quase nada na boca só para lhe sentir o gosto. Se gosto bebo, se não gosto fica tal como está. Sou incapaz de beber um café que não me saiba bem. Se estou com alguém, o mais certo é começar a beber o café quando todos já o terminaram. Mas o acto de beber café é o que me trava, me relaxa. Sou capaz de engolir um almoço com sopa, prato e sobremesa num quarto de hora, mas um café é para ser bebido com calma e sentada. Posto isto, o problema que me leva a escrever o post é, tão simplesmente, o facto de todos os cafés terem passado a saber-me mal de um dia para o outro. Desde os cafés das máquinas do trabalho, que não são bons mas que servem o propósito, passando pelo da esplanada da hora do almoço, que também não é dos melhores mas escapa, até ao meu café favorito, tudo me sabe simplesmente... mal. Resultado, desde o início da semana que não bebo um café do início ao fim e hoje tenho uma daquelas dores de cabeça chatinhas que nem são nem deixam de ser. Ou seja, estou a ressacar a falta do meu adorado cafézinho. E agora o que é que eu faço? huuummmm? Eu quero as minhas bicas! Eu sinto falta das minhas bicas! Qual adaptação à escola qual carapuça! Isto sim, é um verdadeiro drama!

Desenhos a quatro mãos...

com ela eram princesas atrás de princesas, fadas e estrelas em varinhas de condão, depois sóis, flores e casas. Com ele arrancamos logo para os jogadores da bola. Os genes são tramados.

Ai é assim?...

Chego à escola e decido ir buscá-la a ela primeiro uma vez que já regressaram do recreio para mais um reforço do lanche. Desde que ele entrou que ela é sempre a última a ser recolhida e como tal, a atenção que lhe tenho podido dedicar não é muita. Depois de me perder pelos últimos trabalhos que fizeram, detenho-me à porta à espera que ela me descubra. Assim que me vê sorri, como só sorri um filho, e olha para os meus joelhos em busca de alguma coisa... ou de alguém: - mamãaaaaa! - enquanto corre para mim e me abraça as pernas - vieste-me buscar primeiro! o mano? vamos buscar o mano! - não, espera - mas que é isto? então não tenho direito a abraços e mimos e tudo e tudo? - mostra-me primeiro os teus trabalhos e conta-me o teu dia! - não! - enquanto me larga as pernas e me puxa pela mão - vamos buscar o mano já! - mas Joana - então minha? passaste-te? quero mimos assolapados vá! - temos de ir buscar a tua folha e... - vá! despacha-te que o mano está à espera! E desprendeu-se de mim, e correu até à outra ponta, e entrou na sala, e ainda eu não ia a meio já vinha ela inchada de orgulho e de mano pela mão, e ao lado dela, um miúdo giro (claro!) e sorridente, e eu a olhar para eles e a pensar como é que já se passaram quase cinco anos desde que ela me saiu cá de dentro e como é que ele já troca de t-shirts com ela se ainda ontem era bebé? E... E... E... mamã! óia a minha camixola! Ser mãe não é fácil, mas é uma delícia.

quinta-feira, setembro 18, 2008

E agora perguntam vocês...

[ou deviam, que a malta está mal habituada e fica à espera que eu escreva aqui :p] - então e como é que ele está esta semana? - eh pá! fez imensos progressos! - a sério? boa! então já não fica a chorar é isso? - pois... não... não é isso. - não? então? - ele chora na mesma... e agora até chora a caminho da sala... - mas não disseste que ele fez progressos? - disse... é que ele agora vai a chorar, mas sem parar de avançar para a sala e pelo pé dele! Ah! e até tenho direito a um beijinho de despedida. Embrulhado em baba e ranho, é certo, mas beijinho de despedida na mesma.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Vida difícil...

a de um prato. E a de criança também, que depois de uma aula de psicomotrocidade e outra de ballet, não chegou a acabar o prato de comida. Prevêem-se quartas-feiras de jantares ligeiros... [este prato foi, sem sombra de dúvida, uma daquelas compras acertadas. É usado diariamente desde que ela se iniciou nos sólidos, e, embora a borracha do bordo tenha começado agora a desfazer-se, ainda é o melhor prato que temos - a par de um da Tigex que já tem quase o mesmo tempo e o mesmo uso.]

terça-feira, setembro 16, 2008

Fingi-me má...

e deixei os dois sozinhos no quarto, apenas com uma musiquinha de embalar a tocar no leitor de cd's. Até agora, nenhum chamou por mim, mas a avaliar pelas gargalhadas que me chegam pelas frestas da porta mal fechada, também me parece que ainda falta um bom bocado para adormecerem. Ai as minhas farras de adormecer com o meu irmão... que saudades.

segunda-feira, setembro 15, 2008

E hoje...

depois da euforia do reencontro. Depois de termos ido buscar a mana, mas ainda no corredor, pede-me uma bolacha. Como vinha a S. na nossa direcção ao fundo do corredor, decidi provocá-lo: - bulácha mãe! - oh Miguel não tenho, olha vem ali a S. vai lá pedir-lhe. - a mãe vai! - não, eu não vou, vai tu pedir uma bolacha à S. - a mãe vai! - não não vou, leva a mana contigo. E levou. E chegou ao pé da S. e pediu-lhe bolachas. Uma para ele e outra para a mana. E deu a mão à S. enquanto me viravam costas e voltavam à sala dele para buscar a bolacha. E regressou para junto de mim, feliz e saciado, sempre junto à S. sem pressas e sem dramas. Vou repetir: O meu filho largou-me, ainda dentro da escola, imediatamente após o reencontro, dirigiu-se a outra pessoa que não eu, falou-lhe, deu-lhe a mão, seguiu em sentido contrário ao meu e voltou feliz e sem passo apressado. Estou feliz! [e fiquei tão feliz por ter sido com a S. A mesma S. que encheu a Joana de mimo e dedicação desde o momento que lá entrou pela primeira vez.]

Playing time...

Minha rica filha...

Ontem todos dormiram a sesta. Todos, menos a mãe que nadava por entre montes de roupa e caixas de plástico etiquetadas com sexos, estações do ano e gamas de idades, além de todas as outras coisas que se metiam pelo meio que uma mãe que se preze nunca faz menos que três tarefas ao mesmo tempo. (pausa para respirar) Bom, dizia eu que todos dormiram a sesta. Dormiram e não só dormiram placidamente como só acordaram depois das 19h - lembram-se daquela mãe que suspirava por noites bem dormidas e umas folgas durante o dia, lembram-se? Pois, essa mãe agora que arranje outra coisa para se queixar que disso já não pode! Quando o mais novo acordou, o mais velho (neste caso o pai) veio a reboque ainda mais bêbado de sono que o filho. Sentei-me à beira da irmã com o miúdo remeloso alapado a mim na esperança que ela também se decidisse a acordar.

- Mãe quero papinha!
- E o que é que queres comer?
- Pão c'ou mantéga... A mana?
- A mana está aqui a dormir. Dá-lhe um beijinho a ver se ela acorda.

Sai-me do colo, chega-se a ela e dá-lhe um beijo tão ao de leve na cara que quase nem lhe toca. Um mimo.

- Não acodou.
- Pois não, mas anda cá que eu vou-te papar com beijinhos

E começo um ataque de beijos e cócegas que o faz gargalhar, até ao momento em que se ouve:

- Também quero!
- Olha Miguel! A mana também quer um ataque de beijinhos!

E atiramo-nos os dois e são beijos na cara, beijos nas mãos, beijos na barriga, enfim, beijos por todo o lado até que:

- NÃO! PAREM! Eu não quero beijos! Eu quero pão com manteiga!

ah...

Miguel. 2 anos. 8 e picos de 2ª feira...

- eu queria xábado! eu queria xábado! EU QUERIA XÁBADO!

Também eu!

[tudo porque queria ir para a piscina ao invés de ir para a escola]

sexta-feira, setembro 12, 2008

Segunda semana de escola...

e quase tudo igual à semana passada. A hora da separação mantém-se complicada mas a tornar-se gradualmente menos sonora tanto em duração como em intensidade. O resto do dia corre lindamente. Anda feliz, é participativo e bem-comportado. Come tudo sem ajuda, é o primeiro a adormecer, vai à casa-de-banho "sozinho" e já vai fazendo conversas com as educadoras (algo que reserva a muito poucos). O reencontro é a confirmação do seu jeito para o teatro. Do feliz com os amigos, para o drama da criança abandonada assim que me vê. Muito mimo, muito colo e muita mãe até sair da escola e depois está na boa. Tudo na maior portanto.

Da força de vontade...

- mãe eu conxego! Eu conxego! Eu conxego xójinho!

quarta-feira, setembro 10, 2008

Até pode haver...

quem não ache piada, mas eu adoro chegar à escola e encontrá-los assim. E como depois de lavar cara, braços e mãos ficam a contrastar em demasia com a roupa, depois de sairmos ainda vamos rebolar na relva, fugir sem convicção dos jactos de água, lambuzar-nos com gelados e transpirar com mais corridas. O sujo, a água do banho leva. A felicidade fica. [e os fins de dia são muito mais pacíficos, ou não fossem eles estar esfomeados e para lá de estoirados :p]

Durante as férias escolares...

passei a trazer o carro todos os dias para o trabalho. Sem trânsito e com lugares de estacionamento com fartura, o casa-escola-trabalho-escola-casa foi sempre feito em quase nada e na maior das calmas. Se por um lado andava rendida ao conforto inegável, por outro, sentia a falta às páginas dos livros nas pontas dos dedos e das caminhadas que fazia depois do trabalho. Foram praticamente dois meses sem ter correr para apanhar o autocarro. Mas hoje, com o previsto início do ano lectivo, decidi voltar à rotina. Pensei que me iria custar. Que depois de tanto tempo já me teria desabituado. Mas não. Parece que o folhear as páginas embalada pela brisa matinal na paragem do autocarro, a despreocupação com o pára-arranca e o atravessar o jardim e cheirar a frescura do orvalho em vez da fragrância artificial de maçã e flores verdes, me deixou revigorada. Com genica. Talvez tenha pesado o facto do tempo convidar a passeios, ter um livro novo para ler e uma capa para estrear - feita com toda a dedicação por umas mãos de ouro - mas lá que me soube bem, ai isso soube.

A pocket full of rye stones...

Quase todos os dias, chega-me com os bolsos assim. Ora pedras, ora casca de pinheiro, ora outra porcaria qualquer. Ontem, assim que cheguei ao pé dela, informou-me: - mãe, tenho uma surpresa para ti aqui! São as tuas favoritas! Mas o irmão, com o seu acesso de mãezite da praxe, não deu margem de manobra e a surpresa ficou esquecida até que, ao pôr a roupa a lavar, a surpresa, ou melhor, as surpresas, caíram aos pés do pai. Montes delas.

terça-feira, setembro 09, 2008

Previdente...

- mãe, eu quero que a minha festa dos seis anos seja da minki momo. [a miúda deve ter mesmo medo que eu não arranje as coisas a tempo porque a deste ano também já está definida desde a festa do ano passado :p]

Brincadeiras...

Ele, apoiado na árvore: - vai mana! agora és tu! corrrre! vai-te escondereee! Tapa os olhos apoiando as mãos no tronco, e conta: - um doix trêx um doix trêx! aaahhh aaahhh aaahhh! Não é nada bem-disposto, não gosta nada de mandar, nem tem nada a quem sair.

Brincadeiras...

de primas
e primos

segunda-feira, setembro 08, 2008

Dormem mais que uma criança de dois anos?!

Ou, ainda se lembram de conseguir dormir oito horas seguidas? E dezasseis quem consegue/alguma vez conseguiu? 18h30 - 9h20 [adormeceu no carro no regresso a casa e foi até hoje de manhã] Agora só uma pergunta de algibeira para o miúdo: - Precisava mesmo de ser de Domingo para Segunda, precisava?! Se fosse de Sábado para Domingo furava-te a tripa, era? [não jantou, não acordou quando o levei a fazer xixi a meio da noite, e, não despertou quando o arrancámos da cama às 7h00 nem quando lhe tentámos dar umas colheres de papa nem mesmo quando o despimos, voltámos a vestir e calçámos.]

domingo, setembro 07, 2008

sexta-feira, setembro 05, 2008

Oh chuva...

não venhas já, que me tem sabido pela vida os fins-de-tarde de correria e de gelados na esplanada. Não venhas. Porque aquela hora e meia antes de banho-jantar-lavar dentes-história-cama-arrumar qualquer coisa em casa-trabalhar mais um bocadinho em que eles encardem as pernas e braços ainda mais e eu arrumo o trabalho até ao dia seguinte e me centro neles, me aproveito deles, me diluo nas brincadeiras deles, faz mais pela minha sanidade mental e pelo meu descanso que outra coisa qualquer. Espera só mais um pouco. Porque eu não me importo de esperar mais uns tempo para recordar o cheiro da terra molhada de manhã ou para rever as cores brilhantes do Outono. Não me importo. Dá-me só mais uns dias destes. De liberdade contida no tempo, mas ainda assim, liberdade.

Quarto e quinto dia...

Pronto... parece que só fica por resolver o drama da ansiedade da separação. Passa o dia na maior, sem choros, já brinca com os outros, já tem uma amiga favorita, delira com o recreio e participa nas actividades. Que bom.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Memórias...

Não fui eu quem disse, mas...

. os meus filhos nas férias dormiam a noite toda e não acordavam antes das 10h30 (mesmo quando nós também estávamos de férias!) . a minha filha nas férias comia a sopa, o segundo prato e a fruta com uma pinta do caraças! . o meu filho que até agora gritava que se matava para tomar banho, desde domingo que começa logo a despir-se assim que eu falo no banho e até insiste em lavar a cabeça! . a minha filha continua a comer a sopa, o segundo prato e a fruta com uma pinta do caraças! . a hora de ir dormir tem sido do mais pacífico que há! . a hora de acordar tem sido do mais pacífico que há! Já o povo dizia: quando a esmola é grande...

É por estas e por outras...

que eu não me angustio:
"Hoje estive muito melhor. Só chorei na despedida, mas já ouvi a história e brinquei com a areia. Depois à hora que a S. combinou comigo para ir à sala da mana, eu preferi não ir e quis antes brincar no recreio com os amigos!"
comentário no seu registo diário

E agora perguntam vocês...

- então, como correu hoje a manhã? - eh pá muito melhor! Hoje já não chorou quando o deixámos na sala! - não?! ena! - pois... hoje começou logo no carro! [mas acalmou-se muito mais depressa depois de termos saído, o que é bom sinal.]

terça-feira, setembro 02, 2008

Passear com os dois na rua...

é tê-la a dançar enquanto anda, a trepar os muros todos que encontra, a mirar-se nos reflexos que descobre, a saltar de todos os muros que trepou, a não estar calada um segundo que seja, a apanhar todas as flores a que consegue deitar a mão, a ficar para trás por causa da dança/dos pulos/das flores, por tudo e por nada. é tê-lo a correr à minha frente que nem louco, a trepar todos os muros que encontra, a chutar todas as pedras soltas, a saltar de todos os muros que trepou, a pontapear árvores/postes/vedações, a reclamar atenção a todos os instantes, a sair disparado na direcção de todos os cães que descobre, a pedir colo. E ainda há pouco tempo estava desejosa que começassem a andar.

Ao que parece...

apesar do choro matinal, os dias estão a correr bem. Ontem, acabou por passar parte da manhã na sala da irmã. Ela acompanhou-o no almoço e ficou com ele até adormecer enquanto o cobria de festas para deleite de quem me descreveu a cena. Quando cheguei, abraçou-me mudo e com a cara enfiada no meu colo mas passado pouco tempo era o menino cheio de genica que eu conheço. Hoje, o entusiasmo da ida para a escola voltou a esfumar-se na hora da separação, no entanto, já se manteve quase sempre na sala dele, adorou a aula de música e ainda tentou servir o peixe (do aquário) como almoço ao hamster, no bocadinho que passou na sala da mana. Quando cheguei, estava na maior e caminhou para mim a sorrir. Amanhã, logo se vê.

Segundo dia...

Foi feliz e contente, orgulhoso com a mochila às costas. Levou a mana à sala e atirou-lhe um até logo meio de lado já a caminho da sua sala. Bateu à porta confiante e ainda tentou arrancar o nariz à joaninha. Saí eu primeiro para ser mais fácil e no meio da resistência ainda tive direito a beijo. O pai teve direito a choro e braços estendidos do colo da doce S. Um dia de cada vez. [imagino a dúvida na cabeça dele: se a última vez - sem contar com ontem - em que nos tínhamos despedido dele para ir trabalhar, ficámos sem aparecer durante quinze dias, quem lhe garante que não vamos fazer o mesmo desta vez?]

E porque não?

Mudar de Vida, Humanos.
refrão: Muda de vida, se... tu não vives satisfeito Muda de vida, estás... sempre a tempo de mudar Muda de vida, não... deves viver contrafeito Muda de vida, se... há vida em ti a latejar Ver-te sorrir eu nunca te vi E a cantar, eu nunca te ouvi Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?... Olha que a vida não, não é nem deve ser Como um castigo que tu terás que viver letra e música, António Variações
Um passo de cada vez. Mas sem voltar atrás.

segunda-feira, setembro 01, 2008

O que dizer...

de chegar do almoço e ter à espera, na caixa de correio (electrónico), palavras cheias de ternura e imagens deles no primeiro dia?A minha boca emudeceu, e o meu coração transbordou. Obrigada Sofikrida.

Primeiro dia... do mês e de escola

Ontem ficou tudo preparadinho. Roupas alinhadas aos pés da cama, roupas sobresselentes dentro das mochilas novas. A euforia reinava na casa. Ele não parava de perguntar quando é que afinal ia para a escola. Ela interrogava-se sobre o que iria encontrar. De manhã, tentativas frustradas de registar o momento. Queriam sair de casa a correr. Queriam entrar no carro mais depressa ainda. Entraram na escola sem dar tempo para nada. Primeiro ele, apreensivo ao início mas decidido, lá ficou entretido com um carro. Despediu-se de nós mas fez-nos prometer um último beijinho depois de deixarmos a mana. Saímos felizes. Depois ela, o reencontro aguardado, a descoberta de uma sala totalmente remodelada, os amigos antigos e os novos. Ignorou-nos a partir do momento em que entrou na sala. Saímos felizes. Finalmente, o último beijinho dele e a promessa que se tornou em tormenta. O E. chorava inconsolável pelos pais e ele já estava ao colo da S. com a cara riscada de lágrimas e sem tirar os olhos do E. Agarrou-se a nós e assim ficou enquanto fixava o E. na tentativa de perceber o que se passava ali. Só passado um bom bocado consegui sair eu primeiro e só passado outro tanto saiu o pai. Ficou choramingar nos braços da S. Não saímos felizes, mas saímos tranquilos e confiantes na ternura da S. para resolver aquele choro por simpatia.