quinta-feira, maio 31, 2007

A idade não perdoa,

e a quantidade de passwords que utilizo no dia-a-dia é imensa. As de casa, as do trabalho, a da escolinha, as dos cartões disto e daquilo, do netbanking, das finanças e de todos os outros serviços web que utilizo normalmente. Antes do tempo dos telemóveis, sabia os números de telefone e moradas de todos os meus amigos. Até me lembrava dos aniversários. Agora só sei os números de uma mão cheia de pessoas. Os aniversários ainda sei, mas esqueço-me de ligar quando chega o dia, mesmo que pense em fazê-lo um milhão de vezes. Não sei o número da porta de ninguém e andares é mentira. Com as passwords, tive de arranjar mnemónicas ou corria o risco de as esquecer na hora. O meu problema é que iniciei um novo projecto e preciso de me lembrar de uma password que já tem uns bons dez anos, mas que nos últimos tempos não tenho usado. Ando há uma semana a puxar pela cabeça e nada. Zero. Um vazio total. Mesmo tendo privilégios para alterar a dita password para uma nova, até tenho vergonha de admitir que não consigo lembrar-me dela. Estou bonita... PS: Desisti e alterei o raio da password. Até aposto que numa altura em que estiver a pensar na morte da bezerra, lembro-me da dita cuja como se dela nunca me tivesse esquecido.

quarta-feira, maio 30, 2007

Nó na garganta...

Fomos jantar à casa dos padrinhos dela. Ela e o Gonçalo adoram-se de perdição. Enquanto andavam na brincadeira, ele vai mexer na minha máquina fotográfica e deixa-a cair. Lente lascada, tampa das pilhas partida.

Como se não bastasse, ao tentar colar uma pecita de plástico, com super cola 3, na tampa, fico com um dedo colado à dita. Eles divertem-se com a minha desgraça, eu bufo para exorcizar os nervos. Enquanto andavamos entretidos com o meu dedo colado, os pequenitos somem-se.

Quando, finalmente, me consigo soltar e vou guardar a máquina na mala, dou com os dois no sofá da sala. Ela mantém-se imóvel; ele assim que me vê, ri-se para mim ao mesmo tempo que dava mais uma tesourada e dizia: estou a por a Joana bonita!.

Não sobrou franja do lado esquerdo e deixou o cabelo rente até um pouco mais atrás.
Com um casamento no fim-de-semana, e uma sessão fotográfica planeada para a semana, confesso que o nó na garganta é imenso.

É que aquilo não há volta a dar. Quanto muito, pentear a franja que se salvou do lado direito para a esquerda, como fazem os carecas.

Até chorei.

Gonçalito meu amor... a tia hoje quase te ia comendo!

Adenda:Novamente, riam-se o que quiserem. Eu sei que isto para quem está de fora dá uma pica do caraças. Também sei que daqui a uns tempos, nós quatro vamos rir com isto até que a barriga doa. Mas neste momento não consigo. Amanhã talvez (amanhã quase de certeza, porque já me foge o canto da boca para cima ao lembrar-me dele todo contente de tesoura na mão). E não, não há corte que disfarce aquilo à excepção de um pente 2!

A hora da história...

agora é sempre a três.

Olha q'uesta!

Recebo um email a comunicar-me que a minha declaração de IRS foi considerada certa e que posso consultar o cálculo provisório na respectiva página do site. Vou lá espreitar e de cálculo provisório nem sombra. Volto ao email, e constato que "A caixa postal emissora deste mail é exclusivamente para envio de mensagens; caso queira contactar-nos, por favor, utilize o telefone 707 205 707." Telefono e do outro lado da linha, ouço uma voz melosa a anunciar-me "PT Comunicações. O número que marcou não se encontra atribuído. Por favor desligue. Obrigada." Ai não?! Esta era digna do Nós por Cá da SIC...

Cancro do Colo do Útero

«O cancro do colo do útero é causado pelo papilomavírus humano e representa a segunda causa de morte por cancro na Europa em mulheres entre os 15 e 44 anos. Em Portugal morre uma mulher por dia devido ao cancro do colo do útero e são diagnosticados por ano cerca de 950 novos casos. Podemos fazer muito mais para prevenir este cancro. Descubra o que pode fazer mais para prevenir o cancro do colo do útero neste website. Proteja-se. Proteja as suas filhas. Informe-se. Consulte o seu médico. E depois, passe a palavra.»
fonte: www.passaapalavra.com/

Ainda o pêxxxeee...

A primeira vez que comeu peixe foi um linguado grelhadinho com legumes. Marchou tudo, mas quando acordou da sesta, a pele do tronco e dobras dos braços era de um vermelho vivo e todo ele se coçava. Uma semana de tratamento depois, apenas com uns pequenos eczemas ainda em ferida de tanto se coçar, decidimos fazer uma última tentativa e servimos-lhe um lombinho de pescada cozido com legumes. O mesmo resultado mas mais leve. Conclusão, por enquanto peixe para ele só em livros. [e enquanto ela pode comer (quase) tudo mas não quer, ele quer comer (e gosta) de tudo mas não pode. bolas.] Adenda: A alergia em causa é só ao peixe. Os legumes que serviram de acompanhamento (cenoura, batata, bróculos, couve-flor) já foram introduzidos na sua alimentação há muitos meses, e são presença constante nas sopas, sem que nunca lhe tenham causado a mínima reacção.

Eu te ensino mãe!

ela ensina-me a dizer os dias da semana por ordem. eu digo primeiro mãe, depois és tu! ele aponta para o peixe vermelho no livro que estamos a ler e ensina-me que peixe é pêxxxeee na língua dele. Uma mãe está sempre a aprender.

terça-feira, maio 29, 2007

Registo... não registo... registo

Fiquei na dúvida, se o ia fazer. Mas não resisto, pronto. Ontem, ponho-me a pé e vou tomar um duche relaxante para começar bem o dia. O pai entretanto acorda e decide juntar-se a mim no duche (vantagens de se ter uma banheira grande :p). O miúdo dorme na nossa cama, ela dorme na dela. Sabemos que nenhum dos dois sai da cama sem primeiro gritar por um de nós, por isso, deixamo-nos ficar ali debaixo da água quentinha e com a porta aberta para os podermos ouvir. De repente, olho para a porta e vejo dois olhinhos muito abertos a olhar para nós. O raio do puto, acordou, e sem dizer um ai, desceu a nossa cama (pela primeira vez) num quarto totalmente às escuras, abriu a porta encostada e foi ter connosco. Sai o pai, entra o filho e ficamos os dois agarradinhos debaixo da água quentinha num mimo que não sei a quem sabia melhor. Ainda o pai não estava seco e já se assomava à porta mais um par de olhinhos bem dispostos a perguntar quando é que chegavam os meninos para a festa (:p). Ai agora eles já não nos chamam, é?! [está-me a querer parecer que os meus filhos são óptimos métodos anticoncepcionais :p] Adenda: Antes que comecem todos a pedir desculpa por se rirem, força, riam-se à vontade... é que foi mesmo só para isso que deu... graças a eles! :p lol

Pedrinhas

Pázinho, que me dizes a arranjarmos espaço lá no jardim para pormos umas pedrinhas destas?! Pode ser que assim ele finalmente me largue as saias, quando chegamos a casa, e eu consiga fazer qualquer coisa!

:)

O dia de ontem...

foi do mais simples que há mas soube lindamente.

A minha filha não ficou lá muito convencida por não haver lugar a festa cheia de meninos, mas depressa esqueceu o assunto cantando-me os parabéns com uma vela espetada num bolo-queque.

A todos os que me seguem por aqui, só vos posso deixar ficar o meu singelo obrigada, por todo o carinho que me fizeram (e fazem) chegar de tantas formas diferentes.Enquanto sentir-me assim, é impossível não gostar de fazer anos. De os festejar com alegria. Sejam lá eles quantos forem.

Palavras (só) dela...

- ó mãe tenho aqui borgulhas* nas costas! * borbulhas

segunda-feira, maio 28, 2007

Étibithday to you... errr to me!

Começar o dia de anos com cinquenta minutos de trânsito não é bom. Mas basta ir acompanhada de quem lhe cante assim os parabéns para nada mais ter importância! :) 32 já cá cantam... e ainda há espaço para mais! Muitos mais!

sexta-feira, maio 25, 2007

Acto contínuo

O Em busca do carneiro selvagem, de Haruki Murakami, já não passa de hoje. Estou a adorar, é um facto. Mas palavrinha de honra, já estou com a expressão "acto contínuo"* pelos cabelos. * o mesmo que: imediatamente, logo a seguir.

Eu...

ainda não processei que já não ando de carro e que estou mais susceptível às condições climatéricas. Além disso, apercebo-me (tardiamente) de que não tenho um único chapéu-de-chuva* (para que é que eu o queria se antes era: qualquer-lado-carro e carro-qualquer-lado). Resultado, hoje vesti-me de manga curta e sapatinho de verão, porque às sete da matina, o céu na minha zona era azul. Entretanto, o tempo mudou para uma chuva que não pára, e a minha imagem na rua é a de alguém gelado, aos pulinhos para evitar as poças mas mesmo assim com os sapatos empapados. Está na altura de rever o guarda-roupa. * em compensação a minha filha tem três...

Extra! Extra!

A Joana pediu-me para lhe tirar uma foto!!!

Será que a partir de agora ela vai aceder aos meus pedidos?!

quinta-feira, maio 24, 2007

Nunca...

dei nada à espera de receber. Aliás, eu sou muito mais de dar do que de receber. Mas quando damos por nós, sempre a dar, sempre presentes, sempre lá, sempre preocupados e damos por nós, a receber indiferença mascarada por atenções à sombra, é altura para dizer basta. E a mim bastou-me.

Leite de vaca

(mais uma vez na sequência de perguntas que me deixaram nos comentários) Tanto ele como ela manifestaram os sintomas de Rinite Alérgica (RA) logo a partir dos dois meses de idade. No caso dela, manifesta-se a nível da pele e agora, por causa de acumulação de muco nas trompas de Eustáquio, em otites. No caso dele, manifesta-se a nível respiratório e da pele. Se no caso dela, conseguimos diminuir radicalmente os sintomas retirando da sua alimentação habitual o leite de vaca e os iogurtes à base do mesmo leite, no caso dele, isso não me parece ser suficiente, por enquanto. A RA não tem cura, pode é ir-se manifestando com mais ou menos gravidade durante toda a vida. Uma das coisas que podemos fazer, sem recorrer a medicação, para minorar os sintomas, é evitar ao máximo os alimentos mais reactivos, entre os quais se encontra o leite de vaca. O leite de vaca contém proteínas que faz com que o organismo responda de forma mais violenta a outras substâncias. Por outras palavras, deixa o organismo mais reactivo às alergias. São essas proteínas e não a lactose, que têm de ser evitadas. Vejamos:
«(...) O consumo de leite pode ser desaconselhado nalgumas condições de saúde, como a intolerância à lactose e a alergia às proteínas do leite: Intolerância à lactose: incapacidade de digerir a lactose. A lactose não é absorvida e passa para o intestino grosso, onde é degradada pela flora intestinal. Em consequência, produzem-se gases, provoca dor e diarreia. A abstinência de lactose na alimentação, acaba com todos estes sintomas. Alergia às proteínas do leite: hipersensibilidade do sistema imunitário às proteínas do leite, causando uma reacção alérgica. Pode provocar sintomas mais ligeiros, como a diarreia, ou problemas graves de dermatite e asma. Deverá substituir o leite de vaca por outros tipos de leite, como o leite hidrolizado, que não provoquem reacção alérgica. (...)»
fonte: site da Néstle Portugal Eles estão habituados ao leite de soja desde pequenos e como tal não lhes faz diferença nenhuma (e, alergias à parte, eu até acho que é muito mais saudável que o leite de vaca) mas ela desde que está na escola e partilha a hora do lanche com os colegas, sente mais curiosidade em beber o leite dos outros, o tal que não é especial como o dela. Mas ela percebe perfeitamente que não o pode beber porque lhe faz mal e aceita, o que não invalida que ela o vá pedindo e que nós, muito de vez em quando, permitamos que ela o beba. (podem ler mais sobre isto em posts antigos, marcados com a etiqueta: Alergias)

Eles e as birras...

O meu filho é um grande fiteiro. Até aí tudo bem. Mas além de ser fiteiro está a desenvolver um talento no que toca a fazer birras. Vamos por partes. A minha filha não faz muitas birras, e, felizmente, até as resolvemos facilmente (embora haja alturas que só apetece mandar a miúda pregar para outra freguesia, enfim...). Não tinha ainda dois anos (acho) quando se atirou para o chão a espernear num acesso de fúria à hora do jantar. Eu e o pai, continuámos a comer como se nada fosse, engolindo o riso e escondendo a cara de espanto. Repetiu a proeza apenas mais uma única vez, que tal como a primeira, foi totalmente infrutífera. As birras dela, ficam-se por chorar de boca escancarada, imóvel e com lágrimas que correm aos litros pela cara abaixo. Deixá-la chorar e libertar aquela tensão inicial, seguida de uma conversa ao nosso colo, no meio de abraços e outros mimos, em geral termina com o show sem que se ceda às suas reivindicações. Outras vezes há, que pelo meio, não se escapa de ouvir um grito meu, ou, de ficar de castigo. Isto tem sido ela até agora. Ele, é outra conversa. Os seus acessos de fúria sempre foram mais trabalhados. Desde bebé de colo que se atirava para trás e chorava baba, ranho e lágrimas à catadupa. Sempre ignorámos o filme todo e geralmente a coisa resolvia-se bem porque quase sempre não passava de fita. Depois com o crescimento foi percebendo que quando a mana o magoava nós ralhávamos com ela. Assim, desenvolveu ainda mais a sua veia artística com o alto patrocínio da sua pele clara que marca ao mínimo toque. Então, a mana toca-lhe (e outras vezes aleija-o mesmo) e ele irrompe num choro enquanto nos procura com os olhos semi-abertos, para manter-se sempre de frente para nós, com pausas pelo meio para avaliar o grau de sucesso que está a ter. Mudámos de táctica sempre que a história se repete e conseguimos resultados positivos. Mas agora temos a cereja quase no topo do bolo (e eu espero mesmo que não passe daqui). Já por duas vezes, e por ter sido contrariado, desatou numa birra que consiste em: por-se de pé a bater os pés no chão, contorcer o corpo, esbracejar, chorar alto até ficar vermelho que nem um tomate. Pelo meio, faz as tais pausas para abrir os olhos e avaliar a nossa reacção. Depois, atira-se para o chão (literalmente) e esperneia e esbraceja e chora lágrimas, atrás de lágrimas, atrás de lágrimas. Além disso, quando está tão cansado que lhe custa adormecer, faz birras de sono em que mesmo no nosso colo esperneia, atira-se para trás e chora (alto :p). Estas só temos conseguido resolver deitando-se um de nós (escolhido por ele) na cama com ele até que adormeça. Está-me a parecer que vamos ter de ter com ele outra sensibilidade que não se esgota no ignorar a birra. E ou muito me engano, ou daqui a nada, faço como aquela mãe do anúncio, e antes que ele o faça atiro-me eu para o chão a gritar, a espernear e a esbracejar. Vai ser giro, vai...

quarta-feira, maio 23, 2007

Enquanto...

os outros miúdos, pedem só mais uma goma, uma batata frita, um taça de baba de camelo ou de bolo de bolacha, a minha pede-me com aqueles olhinhos aos quais nada se nega: deixa-me beber só um leite sem ser especial, só um mãe!

E a mãe deixa, e ela bebe-o de um só fôlego e fica feliz.

Resultado: ontem descubro-lhe um mega-eczema no ombro direito.

É que é certinho e direitinho.

Mas ao menos ficou feliz.

Não...

me tenho andado a sentir bem. Como tal, ontem fui ao médico e decidi debitar o rol das minhas queixas. Durante o exame físico, manda-me deitar na marquesa e enquanto me apalpa o abdómen, sai-se com um: - mas que grande rasgadura do músculo recto que você aqui tem! Isto foi da gravidez. E enquanto me agarra aquela pele excendária que me acompanha no último ano, diz: - se fosse americana já tinha feito uma plástica! Primeiro, já descobri porque é que a barriga ainda não foi ao sítio (pelos vistos duas barrigas gigantes não deixam o corpo em muito bom estado) mas fiquei sem saber se ainda há esperança em voltar a ter a minha barriguinha lisa (eu acho que o que preciso mesmo é de fazer uns abdominais). Segundo, porque é que se fosse americana já tinha feito uma plástica?! Pelo que me consta são as brasileiras que mais fazem este tipo de intervenções, e a maioria dos americanos até são assim mais para o cheiinhos pelo que me é dado a perceber. Terceiro, saí com uma série de análises para fazer. Eu já disse que não gosto nada de agulhas, não já?!

Sorte...

é decidir na hora que o que apetece é um jantar a dois; desafiá-lo e ele aceitar na hora; telefonar aos pais dele, a avisar que vão ter dois miúdos a pernoitar lá em casa; deixá-los nos avós, já jantados e de pijama, e sair porta fora de mão dada com ele; jantar e conversar, conversar, conversar; deambular sem pressas até ao carro; e dormir. Dormir a noite toda. Ai que bem que soube.

Empresas Familiarmente Responsáveis

(em jeito de resposta a um comentário) Eu trabalho nesta empresa há praticamente treze anos. Há treze anos, era tudo muito diferente do que é agora, como é natural. A empresa, embora de grande dimensão, mantinha um não-sei-quê de familiar. Na altura os "mais novos" eram, na sua maioria, familiares dos "mais velhos". Eu vim aqui parar, sem conhecer ninguém, respondendo a um anúncio que nem sequer identificava a empresa, e passando por uma fase de entrevistas e provas como é habitual numa candidatura a um emprego. Na minha vida respondi unicamente a dois anúncios de emprego, por sinal seleccionados do mesmo jornal. Respondi aos dois, com duas cartas impressas, uma a seguir à outra, na minha impressora de vinte e uma agulhas. Essas cartas que entraram juntas no marco dos correios, resultaram em coisas distintas. De uma nunca obtive resposta, a outra trouxe-me até onde estou agora. Quando aqui cheguei, a primeira pergunta que me faziam era "Então és filha de quem?". Inventaram-me ligações familiares com duas ou três pessoas, e uma senhora chegou a disparar um: Ai que crescida que estás! És mesmo a cara do teu pai! - e quando ela diz pai, leia-se chefe - Lembro-me tão bem quando eras pequenina! - rindo para o meu chefe - ou seja, suposto pai - e agarrando-se a mim. Enfim, havia muita gente à beira da reforma e foram os mais velhos que me levaram em visitas guiadas pela empresa, que me ofereciam os seus préstimos por mais do que uma vez e que me ensinaram muitas coisa, sendo que muitas delas, tinham já os dias contados por existirem novas a tomarem os seus lugares. Eu estava aqui, justamente, para colaborar na implementação de uma delas. Entre os mais novos havia um bom ambiente (esquecendo as picardias que existem em todo o lado) e alguns tornaram-se amigos. Sempre trabalhei no mesmo edifício, na mesma secção - renomeada já por três vezes - e com o mesmo chefe, desde que aqui entrei. Conheço praticamente todas as pessoas daqui - exceptuando os mais recentes que já não consigo associar a nenhuma área - e a maioria também sabe quem eu sou - incluindo o meu nome, o que muito me envergonha porque se há coisa que me é particularmente difícil é associar uma cara a um nome. Continuando, isto tudo para dizer que a minha empresa sempre teve algo de familiar. Agora está um pouco diferente. As ligações familiares entre funcionários foram-se perdendo. As actuais mudanças na estrutura da empresa e as reduções drásticas de pessoal têm deixado um clima tenso por todas as secções. Há muita indefinição no futuro, e a única certeza que se tem, é que melhor do que temos agora (especialmente a nível de regalias) não fica. Em boa verdade esta é a segunda vez que vivo um clima assim desde que cá estou, mas este é definitivamente aquele que está a mexer mais comigo. Quando me perguntam se esta empresa é familiarmente responsável eu não consigo responder nem um sim tranquilo, nem um não convencido. Há certas áreas da empresa que se preocupam com o bem-estar do trabalhador e respectivos filhos. Há respeito pelos direitos garantidos na lei. E o meu chefe, ele próprio pai de três filhos, é sensível aos nossos problemas. Isso é positivo. Mas depois há muitas coisas que, a meu ver, não permitem que se lhe atribua o título de empresa familiarmente responsável. Se por exemplo nunca me pressionaram para abdicar de um direito, sofro na pele, as consequências da minha maternidade. Já para não falar do esquecimento de tudo o que dei e do que abdiquei no passado pelo trabalho. Por isso, a minha empresa fica assim num limbo. Tem coisas boas e coisas más. Mas continua a ser, a meu ver e de uma forma geral, uma boa empresa para se trabalhar. Resta é saber por quanto tempo mais.

terça-feira, maio 22, 2007

Quentes e boas...

no carro a caminho de casa, do nada, sai-se com um: - ó mãe, se eu hoje não der pontapés ao mano posso comer um gelado?! desculpa?! [quem ler isto, pensa que a minha filha é só violência, enfim! O que eu me ri...]

A minha casa tem buracos...

só pode. Uns óculos de sol dele e um panamá dela, usados uma única vez, desapareceram sem deixar rasto há quase um mês. Isto há coisas...

O pai...

já o veio buscar. Desde que lhe disse um adeus da porta da empresa que me sinto completamente vazia, com um nó na garganta mesmo, sem rumo. Ainda não me tinha sentido assim com ele. Custou-me deixá-lo ir. [e estranho sentir-me assim, por aquilo que é...]

Little helper...

Hoje veio trabalhar comigo

domingo, maio 20, 2007

Quentes e boas...

- Anda vá, despacha-te que eu vou pôr a água a correr para o duche. - Não vais nada pôr a água a correr, que eu ainda estou vestida! Depois gastas a água toda e os peixinhos ficam sem água para nadar no mar! E quem fala assim... :)

Estreias...

Acho que a partir de agora é que não a calamos mais com as suas fantasias sobre cavalos e equitação.

Foi com a "Boneca", uma égua do mais tranquilo que há, que ela se estreou nestas andanças.

Adorou pois claro.

Se não me dão...

como eu sozinho!

Tranças

- Mãe, eu hoje quero tranças.

sexta-feira, maio 18, 2007

Monólogos...

- As sextas-feiras são fixes! - pois são! - são véspera de fim-de-semana e assim! - hum hum - e até está um dia bonito! - e quente pá, quente! - é pena é ter deixado aquele autocarro seguir, por ficar a alguns metros de onde eu queria sair. - às vezes não apetece andar, não é? - é. - o mais chato, nem foi isso pá! O pior foi quando chegou a minha vez para entrar no que eu queria, já não coube! - xiii... isso é mau! - depois foram mais dez minutos de seca. - dava para tu chegares na boa! - mas sabes o que foi mesmo mau? - o quê? - quando finalmente o autocarro veio, uma carrinha bateu-lhe duas paragens depois! - nãaaaaooo?! - sim. - bolas! - tive de fazer aquilo tudo a pé. A rua sempre a subir, o calor a apertar. - pois está calor. - A minha mãe hoje fazia anos. - Parabéns! - Obrigada.

quinta-feira, maio 17, 2007

A minha madrinha faz anos hoje...

E eu não sou eu sem ela. Parabéns. [e eu escrevi e apaguei tanta coisa. Tantas palavras para dizer o quanto gosto de ti, o quanto és importante para mim e para os meus. Mas tudo me soa a pouco. É pouco. Tudo o que me deste é tanto, tudo o que me dás é tão puro, que não me consigo desdobrar em adjectivos, em frases elogiosas, em mimos linguísticos. Não há ninguém neste mundo que tenha tido mais sorte que eu. Eu tenho uma mãe que me trouxe ao mundo, que me amou, que me criou e me deu lições de vida que nunca vou esquecer e que a prendem para sempre em mim - como se uma mãe se pudesse reduzir a isso; e tenho uma madrinha, uma verdadeira mãe do coração, que cuidou, que amou, que me mostrou um mundo diferente, que continua a abrir os meus olhos, que sei que vai lá estar sempre para mim e para os meus. E és tão mas tão importante para mim, para nós, que para o gritar ao mundo só com aquele abraço apertado que tanto gosto de te dar. Amo-te muito. E por mais pirosas que pareçam as palavras e os sentimentos assim ditos, não há nada de ridículo nisso, apenas orgulho em te ter sempre assim comigo, assim tal como és. Imperfeita, mas minha.]

Budapeste...

Ainda não tinha lido duas páginas e já tinha decidido que não ia gostar dele. Os olhos enrolavam-se naquelas palavras escritas em Português do Brasil. Metrô, freqüento, tevê, secretária eletrônica, tudo palavras que me picavam, que me cutucavam como dizem eles. Gosto de sotaques, por causa dos trejeitos musicais que lhes descubro. Adoro a música que os brasileiros incutiram no nosso linguajar. A maneira como as palavras dançam até chegar aos nossos ouvidos. A forma como sambam livres. Mas ler as mesmas palavras, na nossa falta de musicalidade, é para mim um sacríficio. Puxei os galões à teimosia e decidi acabá-lo de um trago. Realmente acabei-o quase de uma assentada, mas não porque quis terminar o suplício e deixá-lo no passado. A verdade é que fui completamente enleada na história. Na trama. Às tantas, já não tropeçava em metrô, freqüento, tevê, secretária eletrônica, nas páginas que virava sem descanso. Umas folhas depois, e já no meu cérebro as palavras dançavam ao ritmo carioca. Os meus pensamentos fluiam na sonoridade do país irmão, e juro, que se me interpolassem no meio da leitura o mais certo era responder com um Oi cara! Tudo êm cima?! Acabei a gostar e muito. Especialmente do nunca conseguir adivinhar o que está na página a seguir. Do imaginar múltiplos finais igualmente bons e que me satisfariam, e, acabar por ser surpreendida com um que nunca adivinhei, que assentava que nem uma luva como final de páginas e páginas que se sucediam, não por estarem unidas e numeradas, mas porque é assim que se vive a vida.

quarta-feira, maio 16, 2007

Conversas com ela...

No carro quer falar com a tia. Telefono-lhe e lá falam pelo alta-voz. Quando me despeço com um "xau mana!", replica a miúda: - Mãe?! ela não é a tua mãe! - Eu não disse "mãe" filha. Disse mana. - Ah. Onde é que está a tua mãe? - A minha mãe já morreu. - Porque levou uma pica? - Não, porque estava muito doente. - E já não está cá? - Não. (pausa) - Mas quando tu eras pequenina tinhas uma mãe! - em tom duvidoso. - Tinha. - Mas agora és crescida, e os crescidos já não têm mãe! Eu quando for crescida também já não tenho mãe! - Não filha, não é bem assim. Tu podes ser velhinha e a mãe estar ao pé de ti. Às vezes as pessoas ficam doentes e morrem quando ainda são novas, mas os crescidos têm mães. - Ah. Mas tu eras pequenina e tua mãe estava ao pé de ti, não era? - Sim filha. - E eu, mãe? Onde é que eu estava? (bolas... destrambelhou!) - Tu? Tu ainda não tinhas nascido. Ainda estavas dentro da mamã. - E também estava no papá? (ai!) - Sim filha. Tu eras dois bocadinhos. Um estava dentro da mamã e outro estava dentro do papá. - Mas os bebés não nascem nas barrigas dos papás!!! (glup!) - Não, a mamã e o papá ficaram assim muito juntinhos e o teu bocadinho que estava no papá, passou do papá para a mamã e tu começaste a ficar grande e grande na minha barriga até que nasceste! - Pois e o Miguel também lá estava e nós fizemos uma corrida, mas eu ganhei e nasci primeiro! [e andava eu a evitar responder a isto! :p]

Um banco de jardim,

um gelado para ela, um livro para mim. O chilrear dos pássaros, as nossas conversas, as corridas (para apanhar a própria sombra), os risos, o silêncio. O tempo a fluir por nós duas. A sensação de plenitude. De que nada falta. De que nada sobra. Simplesmente perfeito.

Um ano, a mesma camisola...


crescida...

Sorriso rasgado...

Chego ao trabalho, com uma dor de garganta e meio dorida no corpo (afinal a enxaqueca transformou-se em gripe. humpf). Ligo o computador, digito a password, espero que todos os programas arranquem de mãos a segurar a cabeça pesada. Clico no e da barra de início rápido. Clico no envelope de bordo vermelho da barra de hiperligações. O título, do último email recebido, dizia: Irrestível. E era mesmo:
Ela: Ó S. a minha mãe também tem um computador com muitas fotografias como tu! Ela: Ó S. eu fico aqui! Eu: Ó Joana queres escrever para o computador da mãe? Ela: Quero! Eu: O que é que queres escrever? Ela: Joana Eu: Ok! Ela: Mas tu tens "JOTA" neste computador? Agora... passo-lhe o teclado: JOOOOOOOOOOOOOO NAAAAAAAAAAAAAAA Ehehehe e claro... umas belas fotos para a mãe tiradas da minha cadeira para a dela - no Staff! :) Bom dia!!! Beijinho, Joana e S.
E o meu dia começa de sorriso nos lábios :)

terça-feira, maio 15, 2007

Tenho...

tido algum cuidado (só para evitar algumas perguntas dela) com as minhas idas à casa-de-banho, desde que aquela visita mensal-que-de-mensal-já-não-tem-nada voltou, especialmente, porque já não me lembro do que é ir à casa-de-banho, com a porta fechada, quando estou sozinha com os dois. Ontem, no meio daquele rebuliço do filho a querer saltar para dentro da banheira e da filha a protestar pelo iogurte, nem me lembrei mais de ter cuidado. Quando me estou a limpar e grito uns Não! que dão para os dois, entra ela de rompante e exclama: - Aahhh! Ó mãe tens um dói-dói no pipi! Dói-te mãe? Caíste mãe? E eu, a tentar escapar-me de uma explicação que não me apetecia dar-lhe, a querer esconder um riso pelo ar dela, a segurar o puto pelas pernas e a puxar as calças para cima o mais depressa possível, sai-me um "não, filha, a mãe depois explica" do mais desenxabido que há. Presumo que ela vá voltar à carga, mais tarde ou mais cedo.

Reunião do final do Ano Lectivo...

Foi hoje. Os pais, a educadora e a auxiliar, juntos para falar dela, para ouvir falar sobre ela. Enquanto os pais entram no refeitório para a reunião, a Joana corre para os braços da educadora que vai ficar com ela no entretanto. Acho piada porque deve ter sido a primeira vez que o fez. Sentamo-nos e brincamos para aquecer. Nunca me sinto à vontade nestas coisas, mesmo que a aparência diga o contrário. Não sei se hei-de esperar ouvir alguma coisa, ou se inquirir sobre outras quaisquer, ou simplesmente ficar calada. Eu sei que ela está bem, eu vejo o que ela tem progredido, pressinto onde ela mais resiste. Eu faço a minha própria avaliação todos os dias, sem que pense sequer nisso. Em muitas coisas, parece que nem estão a falar da mesma Joana. Ela na escola é outra menina, e até gosto - mesmo que com os meus ai é?! possa parecer que não estou convencida - de a conhecer pelos olhos dos outros. O programa que seguem na escola tem a duração de dez meses. O resto do tempo é mais dedicado ao lazer (os meses de Julho e Agosto, em que a maioria dos meninos não está na escola). A chegarem ao fim, é altura de fazerem um balanço para os pais. Está excelente a umas coisas, muito bem noutras, progrediu muito em algumas áreas e ainda está a desenvolver outras. Está bem, bem integrada, no fundo como se quer e basta. Mesmo sem estar à vontade gosto destas reuniões. Gosto da informalidade com que decorrem, gosto que não me enfiem nos olhos quadros com comportamentos e competências alvo, com mais ou menos vistos a marcar o que já foi superado. Prefiro ver esses mesmos quadros nas mãos delas e ouvi-las a falar sobre os miúdos sem ser sequer necessário olhar para os ditos. Porque mostra o bem que os conhecem, porque o que acabam por dizer não é meramente uma avaliação, porque há muito mais deles que não se mede por aquelas tabelas. Fala-se no que vai acontecer no próprio ano. A mudança de sala e de educadoras, a nova organização do pré-escolar. Fica-se a saber qual será a nova sala, a nova educadora, o plano de adaptação dos miúdos (e dos pais). Fala-se da praia e dos passeios, nos meses seguintes. Fala-se de tudo um pouco. E não nos conseguem ler medo ou preocupação no rosto, mesmo com o friozinho no estômago que sentimos inevitavelmente com o falar-se de "fim de ano lectivo" e de "próximo ano lectivo", quando parece que ainda foi ontem que ela começou. Mas não foi ontem e a festa de fim-de-ano já está quase aí. Não nos lêem nenhum receio na voz, até porque, a educadora de braços abertos para quem ela correu sem olhar para trás, pela primeira vez - para nosso espanto e gáudio - logo pela manhã, é a que vai ficar com ela no próximo ano (lectivo). Está feliz. E nós também.

Será que a solução...

é deitá-lo nu e sem lhe dar o jantar?! Adormeceu nu, enrolado na toalha, atravessado na minha cama por volta das sete da noite. Um sono tranquilo. Há-de acordar antes da hora normal de ir para a cama, pensava eu. Às dez da noite não tinha acordado nem parecia que fosse acordar tão cedo. Vai acordar entre as onze e a meia-noite como é hábito - dizia para comigo - e nessa altura ponho-lhe a fralda, visto-lhe o pijama, dou-lhe o leite e mudo-o para a cama dele. Passaram-se as onze, entrámos num novo dia, o pai dormia no sofá e eu combatia os olhos pesados à espera dele. Era já quase uma da manhã quando ele protestou. Chego-me ao pé dele, e apalpo a cama à procura do molhado. Nada. A cama seca, ele seco e morno. Olha que esta! Estava tão, mas tão, pedrado de sono que só lhe consegui por uma fralda. Dei-lhe o biberão de leite, ajeitei-o no meio da cama e vim desligar as coisas. Quando voltei já ele tinha mergulhado num sono profundo novamente. Dormiu, sem se mexer, até 7h40. Ele que às vinte para as sete, sete dias por semana, já está a tentar acordar o pessoal, foi o último a despertar. E eu, estou aqui com uma dor de cabeça daquelas que até enjoada estou. Definitivamente, já não estou habituada a dormir tanto.

segunda-feira, maio 14, 2007

E depois há dias como os de hoje...

em que nada parece correr a nosso favor. Ao contrário de certos dias (ignorar o desfecho do post :p) desta vez o pai não está, não houve tempo para gelado na esplanada nem há jantar pronto a servir. Chegados a casa, começo logo a prever que a coisa não vai ser fácil. O Miguel, com o mimo habitual de bébé doente, não me sai do colo. A Joana quer ver os animados e comer iogurte. Ponho um tacho com água ao lume e preparo o banho para os dois. Ele só não se atira para dentro da banheira vestido porque não deixo. Ela quase não irrompe num pranto por não querer tomar banho, porque eu a distraio com outra coisa qualquer. Miúdo na água, miúda de fora. Miúdo de pé que não se quer sentar, miúda de fora a não querer entrar, tacho ao lume a borbulhar. Miúdo de pé a brincar, miúda de fora a protestar, mãe a deitar o arroz no tacho e a voltar. Cai o miúdo, chora o miúdo, aflige-se a miúda, desespera a mãe dos dois. O miúdo só quer colo, a miúda já foi à vida dela, e a mãe fica com um miúdo todo nu, a escorrer água, e que esperneia sempre que há nova tentativa de o voltar a pôr na banheira. Enrola-se o miúdo numa toalha e telefona-se ao pai a saber se demora. Demora. Ora bolas. Miúda a brincar, miúdo com pedrada de sono, tacho ao lume. Deita-se o miúdo na cama da mãe todo nu e enrolado numa toalha e espera-se que ele adormeça, ouve-se o som do frigorífico a abrir e a miúda já está a comer o iogurte proibido. O peso dos olhos, o corpo a ficar leve, a mãe a sair devagar de ao pé dele e ó mãe o que estás a fazer?!. Desperta o miúdo, desespera a mãe dele, e é posta a irmã fora do quarto. Volta a adormecer, o segundo iogurte já está no papo, corre a mãe a salvar o arroz que está prestes a torrar no tacho. O pai não chega, a mãe desiste. Prepara uma tigela de cereais e vem para o computador enquanto ao lume avança um estufado de pescada e relaxa. O estufado já está pronto, o miúdo ainda dorme, o pai que não chega, e a miúda que não quer comer. A mãe relaxa (porque já desistiu). Mas a miúda come [no sofá a ver o Noddy e pela mão da mãe, mas comeu e isso é que interessa], o miúdo continua a dormir, o pai já avisou que ainda vai demorar mais e a mãe já preparou as tupperware com o almoço do miúdo. Pelo menos ninguém acabou com caca nas mãos... só resta saber o estado em que está a cama :p

Afinal...

as primeiras tranças resistiram a um dia inteiro de brincadeira!

Emocionei-me...

A noiva deste casamento é educadora de infância. No início do copo de água, os noivos são resgatados à pose de estátua para os registos de memória futura e são levados a um canto do jardim.

Surgem de repente uma data de miúdos eléctricos como só eles sabem ser.

Eram os meninos da sala dela que enfrentaram uma viagem de curvas e contra-curvas, com vómitos pelo meio, para a irem surpreender na igreja; chegaram tarde e descobriram uma igreja cheia apenas de arroz e pétalas; descobriram o número de telefone de um dos convidados, e, regressaram às curvas e aos enjoos em direcção a uma quinta ainda mais afastada deles, só para a fazerem feliz*.

Emocionei-me com aquela surpresa. Emocionei-me com a emoção dela. Emocionei-me com a alegria deles.

Comovi-me com o carinho daquelas mães, por ela.

* e cobrirem os noivos de pétalas e bolinhas de sabão.

E ele pergunta-me...

- mas este mês não há saída só de mulheres? leram bem meninas?! :p

Hoje...

fiz-lhe duas tranças pela primeira vez. E estava tão gira, com aquelas tranças meio tortas e já quase desfeitas quando chegámos à escola, que nem eu tentava evitar um sorriso parvo ao olhar para ela, nem ela escondia a sua vaidade. Faltou a foto. Mas nem o telemóvel catita, nem a máquina posta na mala de propósito, valeram ao esquecimento da mãe. Mas estava gira. Gira, gira. [acho que é desta que vou deixar-lhe crescer o cabelo]

domingo, maio 13, 2007

Vergonha inicial...

mas é só mostrar-lhe para é que serve o arroz nestas alturas e a miúda transforma-se :)

Um dente a romper...

e, temperaturas de 7ºC às três da tarde de Domingo, resulta num bebé super ranhoso e com febres entre os 39 e os 40ºC.

Se num ano só lhe nasceram quatro dentes, porque é que o quinto havia logo de nascer na véspera de um casamento lá na santa terrinha?!

[a irmã também vem ranhosa, mas acho que se escapa...]

Adenda: Acordaram ranhosos, mas bem-dispostos e sem febre. O pior já passou :)

sexta-feira, maio 11, 2007

O meu filho é coerente

Cada dente nascido é antecedido por uma crise. Acabei-lhe de descobrir o quinto (o segundo incisivo inferior direito).

E logo eu...

que não sou nada dada a romances, no regresso às minhas lides de leitura, inicio com o Qualquer coisa de bom de Sveva Casati Modignani, sigo em frente com o Amor em tempos de cólera de Gabriel Garcia Marquez (que acabei ontem), e continuo caminho com o Budapeste de Chico Buarque.

Pela grossura deste último, algo me diz que tenho de arranjar um seguidor em breve.

[para quem me pergunta o que é que eu quero nos anos, aqui tem uma boa sugestão :p]

12 meses de ti...

Estás giro (mesmo que eu seja suspeita neste ponto) e cada vez mais menino. Mais menino na expressão; mais menino nas brincadeiras; mais menino na forma como nos olhas e comunicas connosco. És muito cauteloso, e, ao contrário da mana, não te basta perceber que consegues fazer qualquer coisa para a fazeres logo de seguida. Primeiro, estudas a coisa, treinas-te, pedes ajuda e depois de um momento para o outro avanças sem recuos. Infelizmente não é isso que te salva de uma data de quedas valentes ou de outros pequenos acidentes normais nestas alturas. És feito de mel puro. Carinhoso, meigo, simpático e com um charme que só visto. O contra-peso é a tua teimosia (também conhecida por "personalidade forte"). É o aiaiaiaiai que nos dizes a nós depois de te ralharmos numa réplica perfeita do nosso tom austero. É a tua mão leve. Os teus dentes marcados nos braços da mana quando ela te contraria. Apaixonado pelos cães, não podes ver nenhum perto de ti que não tremas todo de excitação. Curioso com tudo o que te rodeia e um bailarino nato (ainda acabas no ballet com a mana :p). Gostas de jogos, de brincadeiras doidas, de cócegas e mordidelas divertidas. Gostas de andar de baloiço e já desces o escorrega sozinho. Na natação estás mais autónomo e ao mesmo tempo mais senhor do teu nariz. Já identificas algumas partes do corpo mas o que eu prefiro mesmo são as tuas tentativas de nos acompanhar nas cantorias. Adoras ter dois brinquedos na mão para bateres um contra o outro, ou, os dois contra o que não deves. Ofereces tudo o que tens nas mãos e exiges que o aceitem, o que não invalida que, passados dez segundos, vás pedir de volta o que acabaste de dar. Atirar tudo para o chão é algo que adoras, independentemente se são os livros de colorir da mana, ou, a jarra de cristal da mãe (o que ainda não aconteceu porque a mãe já as tirou todas do teu alcance). Já dizes uma série de palavras bem perceptiveis para todos e adoras ler-nos os lábios quando falamos para ti. A atenção que dás a tudo é uma característica que salta bem à vista de todos e até incomoda alguns quando não te conhecem e sentem, até nos ossos, o teu olhar fixo e interminável na sede de os conhecer. Quando acordas és tão bem-disposto que é impossível não ser contagiado. Mas ao acordar, quem tu queres ver, é mesmo a mana, e não há quem a consiga acordar melhor que tu. Adoro ver-vos os dois de cabelo desgrenhado e de olhos que mal abrem (mais a mana que tu) envoltos num abraço que não deixa perceber onde acaba um e começa o outro. Comes de tudo e até hoje ainda não apareceu nada que te recuses a comer. Começaste a beber o leitinho no biberão e não estranhaste, mas ainda não te soltaste da maminha e é a ela que recorres sempre que precisas de um consolo extra. A chucha continua reservada à noite e às sestas, e qualquer modelo (quer seja de latex ou silicone) te serve, embora eu só te compre o mesmo desde que nasceste. Estás grande. O facto de vestires roupa de 18 meses há muito, quer dizer tanto, como, o facto de ainda caberes nas t-shirts e calções de seis meses que usavas o ano passado aos três (e o jeito que isso dá, filho!). Adoro-te. Adoro-te com esses caracóis revoltos e cada vez mais louros. A tez clara sensível ao sol. Os olhos, de cor ainda indefinida, embora o castanho seja o dominante. As mãos sapudas e os pés gorduchos que apetecem trincar. As bochechas rosadas dos teus passeios ao fim-da-tarde pela mão da avó Tina. A barriga proeminente, as pernocas musculadas. O sorriso, ai o teu sorriso. Amo-te. E a única certeza que tenho, é que daqui a doze meses, ainda te amarei com mais força, com mais emoção, com mais paixão. A mãe.

Conversas com ela...

Acabou a comida dos cães, e depois do jantar, com ele (o pequenino) já vestido de pijama, enfiamo-nos os quatro no carro e fomos comprar uma nova saca (ele não queria ficar na cama, ela nem sequer da dela se aproximava e eu não estava a apetecer-me a ficar com os dois naquele estado de pré-birra-de-sono). No carro: - Porquê, que está de noite? - Porque o sol já se escondeu. - Porquê é que o sol se escondeu? Porquê? - Porque é assim - em tom de é assim e pronto. O dia começa quando o sol começa a aparecer, e depois, quando ele se volta a esconder, fica de noite. - ah - em tom pouco convencido. (pausa) - É porque os planetas rodam à volta do sol. O sol é uma estrela, não é mãe? desculpa?! Acho que vou ter de avançar no nível das explicações...

quinta-feira, maio 10, 2007

ó tu sifáxavôri...

se não te importas, sais já de cima da minha mana, está bem? Mas é que é já, ouviste bem?

:p

Dos transportes públicos...

O cheiro é, definitivamente, o que me vai custar mais a habituar. À parte disso, das publicidades irritantes mas, felizmente, esporádicas e de alguns comentários de pessoas com idade já para ter juízo mas que aparentemente, pelas postas de pescada que lhes saem das bocas enrugadas, já o perderam há muito, a coisa até se leva muito bem. Em média, gasto uns quarenta minutos da escola da Joana ao meu trabalho, e, aproveito-os a devorar tantas linhas quanto possa do livro que vai certamente acabar antes que o mesmo aconteça a esta semana de trabalho. Não me incomodam os encontrões inocentes ou até as pisadelas inevitáveis, mas já os solavancos verticais, muitas vezes comparáveis às melhores montanhas russas, tiram-me do sério e fazem-me agradecer não ser uma pessoa de vómito fácil. Também já andei mais esta semana do que nas outras todas que trabalhei este ano. Não porque o tenha de fazer mas porque até apetece. O não ter o carro à porta, obriga-nos a uma outra gestão do tempo. Permite-nos deambular nas ruas ao nosso bel-prazer sem as amarras a um ticket de parqueamento. O tempo tem ajudado e as ruas da baixa de Lisboa têm um não-sei-quê que me impele a calcorrea-las sempre que posso. E depois de um dia de trabalho, poder disfrutar nem que seja meia-hora do rebuliço das vidas que não as nossas, enquanto derivamos ao sol e ao som da música de rua e antes de cairmos nas pressas dos banhos, das sopas, dos leites, das histórias e das birras de sono, dá-nos justamente esse alento que tanto nos faz falta para enfrentar os banhos, as sopas, os leites, as histórias e as birras de sono, e a energia para ainda arranjar espaço para umas danças malucas com eles em frente à televisão com muitos pulos e colos e cambalhotas no ar presos pelas mãos da mãe. Faz-me falta aquela sensação de liberdade que me permitia ir para onde quisesse assim que pudesse. É o que me faz mais falta e tenho a certeza que não me vou habituar tão cedo. Mas mesmo assim, e porque a minha natureza é mesmo essa, acho que saí a ganhar. PS: respondido Moquinhas? :p

Saudades...

das brincadeiras nos acordares despreocupados das férias.

quarta-feira, maio 09, 2007

Palavras (também) já dele...

qué! - quero (E o que ele quer tudo, mãezinha...) ma ma - a tentar dizer "mana", que a própria tenta ensinar sempre que pode :p diz mana Miguel, diz! Diz mana! Diz!

De mim...

Há algumas histórias que me lembro muito bem da minha mãe contar vezes sem conta. Duas delas têm directamente a ver com o facto de eu ser muito faladora. Não sei que idade teria, mas não devia ter uma idade muito diferente da que a Joana tem agora, isso não é importante mas é talvez por isso que as volto a relembrar vezes sem conta em alguns momentos em que estou com a minha filha. Eu falava tanto ou tão pouco que até a minha própria mãe cansava-se de me ouvir (como eu agora te compreendo, mãe :p) e uma das vezes, fartinha dos meus ó mãe isto, ó mãe aquilo, responde-me naquele tom de zangado a fingir que sabemos tão bem fazer: - chega! Já não sou mais tua mãe, por isso pára de me chamar! Após uma pausa de uns segundos para reflectir: - está bem... mas ó tia sabes que... Falar está-me entrenhado e é difícil controlar este instinto. Já na escola eu era assim, mas acredito que quem sofria mais era mesmo a minha mãe. Tanto que um dia, estava ela a lavar roupa na banheira (e eu juro que até consigo visualizar a cena de tanto a ouvir contar) e eu ao pé dela, falava, falava e continuava a falar, quando, num repente, ela desabafa: - ai rapariga, tu falas pelos cotovelos! Mais uns minutos de pausa mas desta vez irrompo num pranto sentido enquanto replicava: - não falo nada! Eu falo pela boca! E depois aquela imaginação que me punha em idade pré-escolar a falar sobre os meus dramas de chegar à escola e de não haver lugar para me sentar (já devia estar a prever o que aconteceria na faculdade), de ter uma professora chinesa, de falar fancês, ingalês e alimão e de todas as tropelias que aconteciam no meu dia-a-dia na escola que não frequentava. Contra factos, não há argumentos e as semelhanças... ai as semelhanças, estão todas aí. É melhor preparar-me!

Porque é que...

os filhos têm de ter mães, mãe? Assim, do meio do nada, sentada no balcão do serviço de pós-venda da Worten, enquanto ela se lambuzava com o chupa prometido no Domingo e, eu e o rapaz que me atendia, debatiamos a estranheza da avaria que nos levou lá. Acho que prefiro aqueles porquês seguidos e ininterruptos que começam em coisas simples e acabam em coisas que já não o são, mas pelo menos nos vão dando a oportunidade de irmos articulando o racíocinio :)

Hoje...

... um melhora de uma crise bem violenta de dermatite. ... a outra queixa-se da garganta ao acordar, fica meio murchinha, mas como não conseguimos perceber se era manha ou não, deixo-a na escola na mesma. Acabaram de me telefonar da escola para a ir buscar porque está ferrada a dormir e a arder em febre. Isto um dia acaba, não acaba?

terça-feira, maio 08, 2007

No dia da mãe...

tiram-se fotografias com elas... mesmo que só haja olhos para o mano.

O caso do desaparecimento da pequena Madeleine...

também me fez mossa, claro. Qual é o pai que não sente um arrepio só de pensar nisso? Mas incomoda-me o apontar de dedo fácil sobre aqueles pais (especialmente porque nem sequer se sabe ao certo como tudo se passou e nos média já li/ouvi tanta coisa diferente que nem dá para saber o que é ou não é verdade). Há uns tempos atrás confiei demais. Na altura apoiaram-me, mas se algo de menos bom se tivesse passado, não tenho dúvidas que "negligente" era o adjectivo mais simpático que muitos me iriam atribuir (e alguns devem-no ter mesmo pensado e calado). Eu definitivamente não posso (nem quero) atirar-lhes a primeira pedra. E o que aconteceu, faz-me repensar muitas coisas que nós fazemos de consciência tranquila. Não porque sejam perigosas ou irresponsáveis por si só, mas porque simplesmente há gente muito doida neste mundo. Só espero, do fundo do meu coração, que a menina esteja bem e que apareça. Ela e todos os outros meninos que, tal como ela, um dia desapareceram.

Aos mais sensíveis...

o melhor é saltar este :p Ontem fiquei sozinha com os dois. Fui buscar a Joana, comemos um gelado numa esplanada a aproveitar o sol de fim de tarde e fomos buscar o Miguel que se preparava para ir dar um passeio com a avó Tina. Brincámos, dançámos, eu fui dando um jeito no que pude e agradeci o facto de ter sobrado sopa e almondegas do dia anterior que dava para os dois. Dei o jantar ao Miguel enquanto a Joana via o Ruca. Depois, enquanto o Miguel estava feliz a esmagar uma banana na cadeira das refeições, dei a sopa à Joana. No entretanto, ia adiantando o almoço dele para hoje e uma nova sopa. Um cenário de perfeita harmonia. Acabada a sopa, ela quis ir à casa-de-banho e lá foi sozinha, claro, que já é crescida e não precisa de ajuda. O Miguel ficou entretido com a gaveta dos tupperware e eu fui espreitar o email num instante. Poucos segundos bastaram, para me aparecer o Miguel saído da casa-de-banho (como é que ele passou por mim?! ah.. estava embrenhada nos emails... pois!) a abrir e a fechar a mão esquerda, esticada na minha direcção, feliz da vida. Eu é que quando reparei naquela mão que abria e fechava alegremente, perdi toda a vontade de rir (ou melhor... até me ria se não fosse eu que tivesse de o ir limpar). Aquela mãozinha sapuda que abria e fechava e voltava a abrir, bem esticada para mim, estava toda empastada no cócó que a irmã tinha acabado de fazer. O ar de gozo dele, seguido de um "ó mãe, o Miguel tirou-me o cócó!" dela, o meu nojo* e a falta de nojo dele eram dignos de um registo para a posteridade. Se tivesse juízo nem sequer comentava o assunto, mas como não tenho... * mais por imaginar a possibilidade de ele levar a mão à boca a qualquer momento do que por qualquer outra razão.

Ajudar quando é preciso...

http://astresmeninasgemeas.blogspot.com/ [mesmo que já se tenha feito muita referência a este blog, nunca é demais.]

segunda-feira, maio 07, 2007

Dentes...

ele só tem quatro ainda. Já lascou os dois de cima e no dia em que íamos para baixo conseguiu cair de boca no chão, ao nosso lado, duas vezes seguidas de tal forma que aquela boca era só sangue. Na consulta o médico diz-nos que um dos de cima está traumatizado e nada há mais a fazer do que esperar para perceber o grau do traumatismo. Não tinha saudades nenhumas desta fase das quedas...

Noto-lhe...

o crescimento, reparando em coisas tão estranhas como o aumentar do espaço entre os dentes. [eu sei que me passo de vez em quando... é um facto! :p]

domingo, maio 06, 2007

Conversas com ela...

Tentamos que ela saiba algumas informações relevantes para se porventura algum dia se perder de nós consiga encontrar ajuda e saber explicar quem é e onde mora. O seu nome, o nosso, a nossa morada e a da escola ela já sabe, o resto... - O que é que tu fazes se algum dia te perderes da mamã ou do papá? - Choro! Claro! :)

Descobri...

que o meu telemóvel trazia o sudoku e o tetris (quer dizer... do tetris trazia apenas uma demo e podia comprar o jogo por quatro euros, o que eu fiz... mas tu não leste isto, tá bem pazinho?) Prevejo umas viagens para o trabalho bem animadas :p [está a apetecer-me tanto voltar ao trabalho como sei lá o quê...]

(Do) Dia da Mãe...

Ser acordada entre beijos com um mimo destes, definitivamente, não é todos os dias!

[e pela primeira vez o papá dedica-se às manualidades com eles nesta data... a escolinha fez-lhe bem :p]

(Do) Dia da Mãe...

o meu começou na sexta-feira passada.

As mães tiveram direito a uma tarde especial com os filhos na escola, e eu confesso que estava ansiosa por este dia.

Depois de descobrirmos como é que os nossos filhos nos descreviam e recebermos um presente muito bem embrulhado, não houve mãe nenhuma que não sucumbisse à tentação de descobrir o que eles tinham preparado.

Um colar que eles fizeram e pintaram ao gosto deles (o meu não chegou a ser pintado porque ela não foi à escola nos dias em que o fizeram e não teve tempo de fazer tudo) e é óbvio que o meu era o mais bonito de todos :p

Acertou no comprimento e até acertou na cor, para combinar com o que levava vestido ;)

Depois tivemos uma tarefa a cumprir: pintar uma jarra de cravos brancos que estava em cima de uma mesa, e o resultado foram autênticas obras de arte... claro! :p

(Do) Dia da Mãe...

eu sabia que a minha vez ia chegar... e até tinha algum medo! :p A minha mãe chama-se Sandra, tem o cabelo preto e não tem caracóis, e é assim como o meu, os olhos são pretos e é magra!!! Trabalha no trabalho dela a trabalhar com as amigas para comprar dinheiro. Quando vai trabalhar veste roupa azul e umas calças. Quando vai à rua leva saia e uma mala; nunca se esquece do dinheiro mas às vezes esquece-se da carteira. Em casa gosta de fazer o jantar e o jantar é bom! A mãe zanga-se com o pai, porque se chateia com ele, mas comigo nunca se zanga. Na televisão vê as notícias e gosta de brincar comigo. A mamã faz ginástica na água quentinha e nada com um fato de banho. Gosta de comer carne com massinha e não gosta de comer batatas, bebe vinho encarnado escuro e também gosta de cerveja... e Ice Tea! Gosto da mãe porque ela é bonita e é especial porque faz muitas coisas bonitas e veste coisas bonitas!!! Joana [o mais engraçado foi perceber que quase nenhuma mãe se reconheceu nas palavras dos filhos!]

sábado, maio 05, 2007

No dia...

em que fez um ano (mais por simbolismo que por outra coisa) começou a beber, à noite, leite de soja em vez da maminha. A primeira vez, deitei-o na cama e dei-lhe o biberão para a mão cheio até cima. Bebeu tudo sozinho com o jeito de quem sempre o fez e, no fim, virou-se para o lado e adormeceu. Desde aí tem sido sempre assim. No entanto, mesmo bebendo 300ml de cada vez, continua a acordar de quatro em quatro horas (no mínimo) para nova dose. Só há um problema... é que as fraldas agora não aguentam tanto xixi! A maminha está reservada para a manhã, para adormecer quando o cansaço é demasiado e para quando se lembra que precisa de um mimo extra. Mais uma vez tudo acontece ao nosso ritmo. Tranquilamente, sem nenhuma tristeza ou pressão. E é assim que gosto que as coisas aconteçam.

A praia é p'ra dormir!

é o lema do meu filho.

Nós...

não usamos pesticidas. Nem para combater as ervas daninhas nem as pragas sazonais de formigas que são o que nos dão mais que fazer. As ervas são arrancadas à mão e o pó de talco e o café mantém as formigas do lado de fora de casa. Mas depois de ter partido uma unha até ao sabugo (au!) a arrancar as ervas que destroem a relva e ter sido mordida (ai!) pelas formigas que não gostaram que o corta-relvas raspasse os seus formigueiros, confesso que estou muito tentada a ir à procura de um qualquer pó menos amigo do ambiente... ai estou estou...

sexta-feira, maio 04, 2007

Consulta(s) dos 12(+30) meses...

Só uma preocupação no final: as alergias dos dois e as crises de dermatite dele que estão muito agressivas e quase não chega a curar nenhuma. O crescimento está óptimo. As características técnicas dos dois mantém-se constantes como convém: Ele peso: 10,750kg (P75) altura: 77cm (P75) p. cefálico: 48cm (P75) Ela peso: 15,5kg (P50) altura: 1m (P75) Vamos finalmente poder começar a introduzir aos poucos tudo o que ele ainda não come, com muito cuidado e apenas quando não estiver em crise, adiando o mais possível os alimentos mais alergénicos. Se não houver nada que justifique uma visita antecipada, ele volta aos quinze meses e ela aos quatro anos... quatro anos?!

Seguro, económico, pequeno e barato...

Já é meu!
Só não é um carro :p

[seguro: espero que seja; económico: tem um consumo aos cem imbatível; pequeno: cabe na carteira; barato: se não o é, pelo menos é o mais barato que há]

Há já um mês...

que esta visita não se vai embora... Quando me referi a ela como "visita mensal" nunca pensei que também pudesse ser a nível de duração :s

quinta-feira, maio 03, 2007

Das férias... passeios!

clicar para aumentarTínhamos planeado passar pelo Badoka Safari Park na viagem de regresso.

A chuva que não parava de cair desde a manhã, fez-nos adiar a decisão sobre a visita para quando estivéssemos perto do parque, mas tudo indicava que ia ser uma viagem sem paragens pelo meio.

Entretanto o céu azul deixa-se descobrir por entre as nuvens e o desvio é feito. O estacionamento estava quase vazio, e afianço-vos que empurrar um carrinho de bebé por areia molhada não é tarefa fácil.

Entrámos pelo parque adentro sem que ninguém aparecesse. Podíamos ter visto o parque todo sem gastar um tostão, mas como achámos a coisa meio estranha decidimos procurar alguém do parque. Bilhetes comprados e um almoço do mais intragável depois, arrancámos num safari com uns chuviscos pelo meio.

Os miúdos passaram-se (claro!) mas os pais ficaram pelo ah-que-giro e pouco mais do que isso.

Acabado a visita, tivemos apenas o tempo de chegar ao carro e arrancar viagem até começar uma bátega que só voltou a parar quando Lisboa já se contemplava na linha do horizonte.

Foi giro, mas tão depressa não me apanham lá.

Um metro de gente...

e a pressa com que cresce às vezes tira-me o fôlego.

[foto tirada com o meu novo brinquedo :p]

Das férias... passeios!

clicar para ver maiorQuando o tempo começou a ficar mais instável, fugimos da praia e fomos conhecer o que ainda não conhecíamos.

O Zoo Marine foi uma agradável surpresa. Longe das avalanches de gente que trás o verão, pudemos disfrutar de tudo sem filas de espera e sem atropelos.

O Miguel delirou com os animais todos. A Joana amou os espectáculos, mas acima de tudo deliciou-se com voltas e mais voltas nos carrocéis do parque. Os pais pasmaram-se com o deleite dele, maravilharam-se com a alegria dela, e por algumas horas voltaram a ser crianças.

A destacar, a estreia dos quatro nos filmes a 4D, as reacções da Joana ao ver os tubarões a nadarem "contra nós" e as reacções de todos depois de um atchim um pouco molhado :p.

Das férias... conclusões

antes deles, nunca gostei de ficar quieta na praia. depois deles, aproveito todos os segundos possíveis para poder ficar, literalmente, esticada ao sol sem fazer nada.

Das férias... praia, muita praia!

clicar para ver maiorO sol foi nosso amigo e deixou-nos ter bons momentos de praia. A eles limpou-os do ranho que acumulam às carradas. A nós, permitiu-nos bons momentos de relax e puro gozo. Só o calor não permitiu grandes banhos, por isso, esses ficaram reservados para a piscina aquecida do hotel.

Gosto especialmente destas praias, e este ano ficámos também a conhecer melhor a terra e as gentes. Definitivamente, é a nossa zona de eleição no Sul do país.

Das férias... conclusões

ao final do quinto dia, a área de chão coberta de arroz, pão esmigalhado, colheres e restos de comida era MUITO menor que no primeiro dia. [mais uns quinze dias de férias e era a limpeza total :)] Os empregados do restaurante devem ter agradecido o fim das nossas férias :p [mas em contra-partida, não tiveram mais nenhum cliente que se metesse tanto com eles, lhes fizesse tantas gracinhas e os fizesse rir tanto como aqui o pequenote]

À terceira não é de vez.

Estamos de regresso à base, mas continuamos de férias.

Voltámos porque tínhamos as consultas do pediatra, do otorrino e a maldita prova para fazer. Maldita, porque se nos apresentámos com um miúdo sorridente e sem ruídos ao respirar, bastou o tempo que estivemos à espera de ser atendidos, para ficarmos com um miúdo cheio de roncos, prostrado e sub-febril que acabou por vomitar a sopa ao almoço.

Vamos lá ver o que é que está para vir aí desta vez.

[agora parece que está melhorzito... pode ser que se cure tão depressa como apareceu]